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Mostrando postagens de setembro, 2015

Todo dia

Todos os dias penso em você. Mas hoje foi diferente. Talvez por ser uma data muito especial. São seus 22 anos completados. Acordei porque tive um sonho contigo. Não lembro agora ao certo. Eu te beijava. Eu sei que você não era fã dos meus beijos. Isso me faz lembrar do nosso primeiro. Para mim, fantástico. Para ti, estranho e confuso. Sai do seu apartamento flutuando, louco que o dia seguinte chegasse. Aquelas borboletas no estômago, que achei que nunca sentiria novamente, haviam voltado.  Passou apenas um dia e te convidei para um acampamento em comemoração ao aniversário de uma amiga. Atualmente, ela também é sua amiga e sente saudades de ti. Esqueci de levar o colchão de ar. Rimos da situação. Foi uma noite fria, a qual eu vi uma estrela cadente. Você também disse ter visto. Eu fiz um desejo. Infelizmente, ele não se realizou. Caso tenha feito um, espero que tenha se concretizado.  Naquela noite, dormimos nos olhando. E abraçados por causa do clima. Dos vários climas. ...

A pequena sala das canções ridiculamente que falam ao coração

Sentado. Nunca tinha chorado tão sinceramente com uma canção. E foi ridículo. Logo numa música do Tiago Iorc? Digo isso porque nem sou fã do cara, apesar de suas boas composições. Mas “Um Dia Após o Outro” me derrubou. Eu parecia um bobo, abraçado ao violão, no sofá, com os olhos suados. Escutei-a mais de uma vez, até tirei as notas de ouvido. Ao tentar cantar, embarguei. Algumas frases eu executava como mantras, pegando aquelas verdades para interiorizar na mente, guardadas em uma caixa frágil, pronta para você abri-la. Infelizmente, não tinha ninguém ali, ninguém com a bondade de ver o que tinha dentro dela. E você não é ninguém. É aquilo que um dia eu queria guardado em um potinho, num pensamento totalmente egocêntrico. Enfim... Como sabe, após um vídeo do Youtube terminar, inicia outro automaticamente. O destino (que sabemos que é um conjunto de programações cibernéticas) colocou o álbum da Clarice Falcão. Pode? Novamente, como uma criança que ralou o joelho ao cair de skate, ...

Dói. Ainda.

Hoje sonhei contigo. Foi tão bom. Eu chorava de felicidade por te beijar. Sua língua dançava com a minha e eu acordei aflito, aos prantos. A saudade, ao abrir os olhos, explodiu em meu peito, como uma estaca matando um vampiro. Eu te suguei, você me sugou. Nós nos sugamos. E foi deliciosamente bom. Queria repetir cada chupada. No início, nos deixávamos marcas maravilhosas. Eu as considerava como prêmios, só por você estar ao meu lado. Depois não deixou mais. Fiquei triste. Assim que começamos a namorar, eu fui viajar com um amigo em comum. Gay. Não sei dizer se você ficou preocupado, se ficou pensando em coisas absurdas. Carinhosamente, deixou um hematoma em meu pescoço, um carimbo que interpretei como: aqui não, esse tem dono. E eu, loucamente apaixonado, durante o show do The xx, no momento em que banda tocava “Shelter”, curiosamente, uma palavra que tenho tatuada no braço direito, eu fechei meus olhos e pensei: LMB, te amo pra cacete! Ao acordar de um sonho muito preciso, in...

O capeta cerebral

É uma noite qualquer de quinta-feira. Você sai para beber com seus amigos. Eles sabem do seu problema. Alguns entendem, outros não. A mente humana ainda é repleta de interrogações. Entre o primeiro e o segundo copo de cerveja, repentinamente, suas mãos começam a suar, seus pensamentos ficam confusos, tenta se concentrar em algo, mas apenas enxerga um demônio dizendo no seu ouvido: - chegou sua hora, você vai morrer! O coração dispara e, no peito, você sente uma pressão tremenda, como se o seu pulmão quisesse sair pelas suas narinas. A respiração descontrolada dá a impressão de que não há ar suficiente em todo o planeta Terra. Disfarça, tem palpitações e bebe um gole de cerveja. A conversa na roda de amigos continua e você se levanta, inventa alguma desculpa e sai pelas ruas desesperadamente, procurando acalmar algo que não consegue. Depois de 40 minutos, já em casa, no sofá, ouvindo Iron and Wine, você pensa: - maldita crise de pânico, de ansiedade, depressão, o diabo! Antes de proc...