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Dói. Ainda.

Hoje sonhei contigo. Foi tão bom. Eu chorava de felicidade por te beijar. Sua língua dançava com a minha e eu acordei aflito, aos prantos. A saudade, ao abrir os olhos, explodiu em meu peito, como uma estaca matando um vampiro. Eu te suguei, você me sugou. Nós nos sugamos. E foi deliciosamente bom. Queria repetir cada chupada.
No início, nos deixávamos marcas maravilhosas. Eu as considerava como prêmios, só por você estar ao meu lado. Depois não deixou mais. Fiquei triste. Assim que começamos a namorar, eu fui viajar com um amigo em comum. Gay. Não sei dizer se você ficou preocupado, se ficou pensando em coisas absurdas. Carinhosamente, deixou um hematoma em meu pescoço, um carimbo que interpretei como: aqui não, esse tem dono. E eu, loucamente apaixonado, durante o show do The xx, no momento em que banda tocava “Shelter”, curiosamente, uma palavra que tenho tatuada no braço direito, eu fechei meus olhos e pensei: LMB, te amo pra cacete!

Ao acordar de um sonho muito preciso, incrivelmente senti o seu cheiro e, mesmo com as fronhas lavadas, encontrei um fio do seu cabelo enroladinho. Puta merda, como ainda dói.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.