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 Tudo Normal Tal e qual, até demais.  Teu sorriso amarelo A minha blusa preta O desgaste do pensar. Tal e qual, o sentimento As pessoas se doendo A raiva escorrendo E a vontade de amar. Tal e qual, o quê? Há tempos um buquê Não recebi, sabe você E o coração a coçar. Tal e qual, tudo normal Espero pelo dia Que talvez chegará Como um animal. Tal e qual, simplesmente total Aguardo um decreto E espero contente Aquele velho sentimental. lsH
 Será que agora a sorte virá Ou será que vira bosta Será que ela me quer? Será que um dia a tive? Será que será que será Será de ser algum dia Nem que a lua caia E provoque o caos. Será que vou beija-la Em um happy end? Sei lá, sorte de que tem. Só que depender só dela Não faz o meu tipo Apesar de que tê-la É uma tremenda vantagem. Mas sou virginiano, Um ser bem cético Sou tanto que nem No meu signo eu acredito. Isso me faz um contrassenso Um rapaz latino-americano Que acredita que vamos sorrir E para isso, sim, Precisamos de sorte E, acima de tudo, acima de todos, Mais que Deus: Dê consciência.  lsH
é que temos pra hoje, seja como for. das canções do exílio, meu exímio distorcido. do sofá a visão periférica e ao seu lado um sorriso e do outro, um largo ferido. das pessoas daqui um beijo, bem doce com o amor que precisamos, mas nem sempre é assim: criaturas são duras no interior.

A Besta

Você pode me dar Um minuto do Seu silêncio? São tantas besteiras Faladas por aí Que eu apenas Peço isso. Não precisa falar Sobre tudo Pode-se calar Para o nada. Você não é O que pensa ser, Você é besta Que se acha fera.
Ele estava lá enquanto os fogos anunciavam Sabe-se qual o motivo para o entusiasmo. Seus olhos refletiam a solidão da sala Enquanto brindes eram comemorados. Apesar de presente, a mente se encontrava ausente E em outro lugar seu pensamento voava. Não tinha casa alguma que gostaria de dormir A não ser aquela que bucólica imaginava. Vieram abraços que eram estranhos, mas não temia Haviam sorrisos que distraídos não o atraíam. Bebeu seu último gole de sidra azeda E abriu a porta para uma tentativa de fuga Queria o passado naquele momento Quando seus pais compravam pijamas E seus irmãos comemoravam o ato simples. Perdido ele atravessou a rua E na encruzilhada avistou a lua E como milagre algo rasgou o céu E sua falsa esperança desapareceu.  

Pele

Eu quero a sua pele exposta em mim, agora. Quero sentir o respiro de cada poro, como pequenas explosões de satisfação. Quero te fazer gozar com a precisão mais cirúrgica que o Pitangui já proporcionou. Quero retirar do seu hálito o gosto novo inventado na minha boca. Quero proporcionar o amor mais afoito nas horas mais improváveis. Quero arrebentar em decibéis o seu tímpano, com inúmeras frases que versarão sobre o sentimento maior: o amor. Quero te chatear e te cansar com as minhas asneiras e baboseiras a respeito do gostar. Quero te encher de guloseimas sentimentais e te abusar nas madrugadas de chuva. Quero embebedar o seu olhar com os gestos mais cafonas que o romance pode enobrecer. Quero viajar em seu corpo e utilizar a minha língua em cada dobra que eu encontrar. Quero me aperfeiçoar na melhor breguice que uma canção pode ocasionar. Quero me fortalecer na fúria de seus lábios enquanto o futuro aguarda o mais belo sorriso que nenhum dentista ousará interferir. Quero a sua biologi...
Um risco, um traço, um tempo. Aquela coisa, igual à canção. Um verso chupado e um coração afoito. Pense sem fim, pense sem começo, pense sem meio. Um disco, um som, um ouvido. Empreste-me. Deixe-me falar. Liturgia do pop, evangelho do rock, comunhão do jazz, catequese do blues. Amor.