Pular para o conteúdo principal

Chaparral

O feriadão foi do caralho! Desculpe pelo termo, mas como já disse Luiz Fernando Veríssimo, às vezes, a utilização de um palavrão abreviava o sentido que queremos dar para determinado momento. E esse termo sintetiza o feriado estendido em comemoração ao Dia da República.
As situações agradáveis com os amigos próximos começaram no sábado, quando fomos em uma rave. A música eletrônica arrebentava os tímpanos, a essa altura, contentes com a freqüência do ritmo. Não tinha como ficar parado. Os entorpecidos dançavam. Os bêbados também. Entretanto, o mais legal era que pessoas queridas se faziam presentes compartilhando sorrisos de exaltação. Exageros a parte, mas sincera acima, com certeza e cerveja. Em especial lembrança, Thais e Dieli remexendo como se fossem brinquedos abastecidos com pilhas Duracel. Matheus caçando algum corpo e enchendo-se de líquido que só a cevada pode nos proporcionar. E é claro, dançando. Gabi e Marcelo esboçando alguns passos. A agitação tava mais presente na Gabi, o Marcelo é mais discreto. E eu, convulsivo que sou, parecia uma daquelas pessoas que dançam tendo um ataque epilético. Resumo: pré-disposição para aguentar ainda o sossego de uma fumaça ao luar pato-branquense. Uma praia seria melhor, mas o mar ainda não chegou aqui. Como somos sensíveis, sentimos a maresia e até os barulhos das ondas.
Domingueira de ressaca.
Segunda chaparral no aeroporto com a companhia da lua, do violão, do gim e do guaraná. Sem falar do licor de amendoas. E os vômitos de um ser que não aguentou o tranco.
Terça total ao sol, areia e volei no clube. Mais ensinamentos básicos sobre o truco para o Matheus, que sempre queria retrucar, um termo que a gente desconhece. Para nós é SEIS mesmo.
Considerações finais: com amigos verdadeiros, os momentos ficam mais marcantes e coisas simples se tornam eternas na lembrança em qualquer estação. Somos o que somos.

Postagens mais visitadas deste blog

um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.