Pular para o conteúdo principal

Malo, malo, malo

Eu nunca tinha percebido a sagacidade da letra Malo, da cantora espanhola Bebe. Hoje de manhã percebi o quanto ela é profunda, por mais que tenha como assunto algo batido e já explorado musicalmente por outros artistas. A canção trata da violência familiar, de um homem que bate em sua mulher quando (talvez bêbado) chega em casa. A interpretação de Bebe aumenta a dramaticidade da letra, sem falar do arranjo que mistura ritmos hispânicos com riffs de guitarra que grudam nos tímpanos. Um violão esperto faz a ponte para a melancolia cantada pela cantora, uma mistura de coisa alguma com nada, pois não consigo arrumar algum referencial para classifica-la. Tarefa difícil.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.