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Quatro minutos

Tenho quatro minutos para escrever esse texto. Então, pode ser que saia uma merda. É que preciso sair, bater o ponto, pegar meu pai no trabalho e ir almoçar. Nem sei porque estou escrevendo essas asneiras. Nem merecia um post. Porém, quero que esses quatro minutos passem rápido. Seria mais fácil eu simplesmente levantar, desligar minha máquina e ir devagar até a sala do cartão. Não teria a mesma emoção. É claro. No momento também estou ouvindo Los Hermanos, "Primeiro Andar". A canção é bem típica das composições do Amarante, talvez o mais talentoso compositor da atualidade. Só quem é fã para dizer isso. "Se alguém numa curva me convidar, eu vou lá/ Que andar é reconhecer... Eu preciso andar, por um caminho só/ Vou buscar alguém, que eu nem sei quem sou/Eu escrevo e te conto o que eu vi e me mostro de lá pra você/ Guarde um sonho bom pra mim". Beleza, se passaram os quatro minutos. Fui...

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.