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Enterrando na areia

Um dos hits do momento é a poesia hilariante de "Tô Ficando Atoladinha", da sensação carioca Tati Quebra Barraco. Eu, que estou aqui na praia de Pontal do Paraná, ouço essa música a cada carro que passa com garotos e garotas de faixa etária menor. É divertido, mas eu me queixo. Mas, como é verão, praia, bebedeira, cigarros e gente bonita, então o negócio é relaxar e curtir. Já estou me sentindo o Bola de Fogo da canção. Ou melhor, não podemos chamar isso de canção e, sim, de arroto.
Porém, é bom salientar e admirar esse ritmo que chamam de funk carioca, como ele vira febre nesta época do ano. Sem falar que ele explode no carnaval, onde muitos artistas desconhecidos da grande massa vão aparecer diretamente em rádio e televisão. Todos eles estarão acompanhados de meninas com seus vestidos pocket, deixando mostrar a etiqueta, pra não dizer outra coisa. É tão legal.
As letras são casos a parte. São tão herméticas e sagazes, demonstram criatividade. Estou sendo irônico, ok? Os textos dessas músicas deixam claro que as mulheres funkeiras se sobressaem sobre os homens. Elas são muito mais talentosas, com suas caras e bundas. Lindas.
O legal é curtir, sem preconceito, por mais que ele esteja presente. Eu, particularmente, não quero ficar atoladinho, mas quero enterrar na areia. Ainda bem que trouxe meus discos do R.E.M, do Los Hermanos, do Los Bacilos, da Aimee Mann e do Ben Harper. É claro que nesta lista entra o Bob Marley, do contrário, praia teria sabor de esgoto. Mas o funk carioca precisa ser respeitado. Prometo que no próximo post explico melhor. Vou curtir a praia, mesmo com garoa. Bom 2006.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.