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Mostrando postagens de novembro, 2006

Caso

Atroz. Silêncio confuso Atrás em zás não faz. Obtuso Sexo. Uso Sagaz anexo a mim. Gozo Querer Poder Foder. Em passo detalhe Saliências Um atalho fulgaz Odores Satistaz Desfaz

Poligamia

Estou praticando muito a poligamia. Não tenho culpa, encontro muitas pessoas interessantes. Quando percebo, o amor já aconteceu. Às vezes é apenas uma transa, em outras é paixão. Nego a culpa e não considero traição, de maneira alguma. Podem me chamar de puto, galinha, cretino e demais adjetivos peçonhentos. O meu veneno é mais em baixo, confesso. O fato é que tal ato me inspira no dia-a-dia, seja através de escritos, doses homeopáticas de gratidão, na minha musicalidade, no jeito de ver as coisas, as pessoas e as leituras. Não é de boa índole, mas aconselho a poligamia a qual me refiro. Ontem a noite a suruba foi geral. Várias posições, encaixes, diálogos e sussuros. Gemidos também, muitos. Culpa da Kim Deal. Ela é fogo. Foi a primeira. Quando percebi, os outros integrantes do Pixies estavam juntos. Quando terminamos, fui para cama com Sonic Youth e, para apimentar o papo cabeça clitoriano (!), convidamos Nietzsche. Na realidade, queríamos o casal estranho Sartre e Simone, mas os dois...

Spider Man

Um dos clássicos da bagaceira-punk-três-acordes é a regravação feita pelos Ramones ao tema de abertura do desenho do Homem Aranha. A coisa ficou deliciosamente tosca. Não há como negar e se encantar com a versão ramoneana. A atitude do gênero ainda abre sorrisos cariados. Aliás, os primeiros desenhos do cabeça de teia eram extremamente punks. Peter Parker já teve mais atitude, sobretudo, em relação aos quadrinhos. Logo após o lançamento do primeiro filme do amigo da vizinhança, o Homem Aranha ficou high-tech. Demasiadamente. Na versão cinematográfica, retiraram o seu dispositivo romântico: o lançador de teias. Quem é fã sabe que nos quadrinhos ele não solta teia pelo punho, conforme apresenta a versão hollywoodiana. Uma das alegações para essa equivocada alteração, foi deixar os poderes de Peter Parker o mais natural possível. Mas, oras, se era para simular de acordo com o tear das aranhas, o mais espertos sabem que esses animais soltam a teia pela bunda. Não sei ao certo, porém, mais ...

Implacável Relógio

Cansaço persiste em triste descaso/ O acaso em limite se faz em atraso/ Limite em verso, controverso palpite/ O sorriso existe, no caso em riste/ Palpável de fato, indelével suspiro/ Espirro o momento, acato no vento/ Percorro sem tempo, o segundo perdido/ Implacável relógio, que pára invertido.

Barão Vermelho

Mais de 20 anos de carreira. Repertório com canções conhecidas pelo público. Músicos talentosos e carismáticos. O Barão Vermelho não precisa provar mais nada a ninguém, já é uma banda consolidada no mercado pop/rock nacional. A costumeira competência do show do grupo carioca pôde ser conferida na primeira noite da Expopato 2006. Em turnê pelo Brasil, divulgando o CD e o DVD MTV Ao Vivo, o Barão Vermelho agitou os presentes com os principais hits da carreira. Ao contrário de algumas apresentações, a banda iniciou o show antes do horário previsto, surpreendendo o público. Quando os cariocas começaram os acordes de “Maior Abandonado”, primeira música do set list, muitas pessoas ainda estavam visitando os estandes dos pavilhões e caminhando pela área externa do Parque de Exposições. Poucos minutos depois, a maioria desceu em debandada até o local onde fica o palco. A apresentação do grupo, em Pato Branco, não teve muita diferença se comparada com o registro em DVD gravado no Circo Voador, ...

Ah! Que pena Radiophonics

- Pai, o que você vai me dar de presente de Natal? Perguntou o menino de 12 anos de idade. O benfeitor, todo preocupado em dar uma resposta aceitável, engasgou na falada e tropeçou na dicção. Mas disse, por fim, que pretendia adquirir a bolachinha sônica da Radiophonics. Na hora, o guri esbravejou:- Dois olhos, EULÁLIA!!!!! Um sorriso se fez presente no rosto do pai.O tempo passou e o menino soube através de comentários de seu irmão mais velho que a banda tinha terminado as suas atividades. Os membros do grupo, cada qual, seguiria por estradas, talvez, paralelas. De tanto ouvir “Eulália” nas rádios, os ouvidos do guri desenvolveram aguçados sentidos. Ele sabia de cor os acordes da canção. Já tinha decorado as linhas de baixo e as precisas viradas da bateria. Inevitável a tristeza ao saber sobre o fim da Radiophonics.O pai, que tinha lido o release no site da banda, estava crente de que compraria o CD da rapaziada. Ele também ficou desapontado. Afinal, o que levaria um grupo com previst...
Um sentimento de fossa na boca que saliva desgosto. O mês de agosto é sempre um desespero cavalar. Ainda bem que já passou. Porém, as marcas de ferradura ficaram no peito. O arquivo morto é ressucitado pelo cérebro eletrônico. As vozes de lamento são trazidas pelo vento sulista desconfortante. Um raio desaba no pé causando impossibilidade de caminhar. A dor atinge o olho esquerdo danificado pela miopia. Enxergar objetos é complicado.O sentimento de fossa aumenta. A saliva desgostosa agora escorre pela boca e encontra o chão. O som de um trovão estremece nos ouvidos que abertos queriam escutar Tori Amos. Se bem que o desespero iria aumentar. Mas a música seria mais agradável. O som de um trovão possui a fúria de uma música.Fim aberto.