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7.158.325-2


Um xis, um zero. Certo dois, incógnita três. Quatro vezes quatro igual a 16, mas espero que a somatória alcance mais. Danço sozinho com os olhos fechados ouvindo Fiona Apple em um quarto escuro. A esposa de Paul Thomas Anderson me excita.

1- A sua voz penetra no tímpano tão macio que não causa dor.

2- Seus versos sobre a dor são sensacionais.

3- Ela toca piano, maravilhosamente.

4- Ela é estranha.

5- Ela gosta de apagar palitos de fósforo com a língua.

6- Apenas com três álbuns lançados, já compôs músicas melhores do que a Alanis. Mas isso tudo mundo consegue.

7- Suas músicas são ótimas para alcançar orgasmos.

Mas o fato não é esse, e sim, aquilo outro que, por pouco, não desistiu. São os números da questão que trarão o resultado final e acertado. Se noves fora não interferem, então fecho os olhos e gozo. Não tenho a culpa em minhas mãos, a situação é mais foda do que bonita. Porém, não ligo, não tenho sensibilidade. Meus números são 7.158.325-2. Aliás, todos somos números. Conta bancária, número. Senha, número. CPF, número. Carteira de motorista, número. Quando é preso, também vira um número. Ou vira código: secreto, de barras ou libras. Se perde a audição, vira código. Se perde a fala, também. E quando morre, vira comida de verme. Contudo, os números continuam. "33 Jesus na Cruz cabral".

Engraçado como as camisetas da moda nos dias de hoje possuem números. É um tal de 55 para cá, 66 para lá, 72 acolá. Muitas bolsas femininas também apresentam numerais. E tamanho de sutiã, igualmente. Já camisinha tem tamanho. Imagine, você chega ao atendente da farmácia e pede: "me vê camisinha tamanho 21". O que seria, centímetros? Resultado: bem dotado.

Portanto, três discos já são suficiente para ter uma boa obra musical. Três também são os nomes do esposo da Fiona Apple. Nada melhor do que três orgasmos em uma noite.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.