Eu digo não. Não quero foder a vida, não quero desse jeito, nem do outro. Não pretendo seguir assim dessa forma, não é meu objetivo de vida. Não vivo de rótulos, não vivo de paixões, mas desejo loucuras e não tenho sentimentos. Quero continuar nesta vida da maneira que estou guiando. Não quero enroscos, preocupações, partilhas, ansiedades. Sou extremamente egocêntrico nos aspectos mais variados. Se hoje estou disponível, amanhã não estou mais. Chuto o balde, revolto o estorvo, crio paralelos e estremeço o apego. Quero ódio, quero fome, quero outra situação. Se era para ficar desse jeito, então cuspo no prato. Não aceito propostas, não assino cheques, não quero contratos, não quero mandamentos. Agora quero um isolamento abstrato. Risco minha cara, marco um x, traço um tempo. Não pretendo melhorar o que comecei e se for preciso termino em caos. Se necessário embarco no primeiro ônibus, encaro o absurdo e reestabeleço outro padrão. Fico bravo, fico puto, fico frêmito. Não quero ruídos. Eu digo não.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).