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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Na Confusa Agonia do Ser

Segundo dia do mês No desespero da idade Que se completa No final de mais um. O sorriso torto Tenta disfarçar A falta de conforto. Nem tente amar, Ele dispensa o pouco Que ficou. Termina outra fase Na confusa agonia Do ser De querer amar E não poder ficar Devido a desgraça Da concepção.
Não se trata de um dos momentos mais fáceis. Tenho a vontade de conseguir a auto-combustão. Tento ficar distraído, mas, quando percebo, estou apenas caído. Como alguém já me falou: - você está perdido, não? De fato. Meus tiros vão para todos os lados. Confesso que não me sinto nada à vontade nessa condição. Queria ter um plano traçado, uma meta estabelecida. A situação atual não está permitindo. Ou seria o cérebro me traindo? Eu não deveria estar aqui lamentando a minha fraqueza. Se bem que também se trata de falta de sorte. Tento me apegar à Charlotte Gainsbourg para auxiliar. Não está adiantando muito. Estava meio a fim de revirar o meu corpo pela boca, deixar exposto meu fígado ao relento e que, aos poucos, ele fosse comido por um urubu. Mas aí seria fácil demais, a vida me derrotaria. Não lembro quem disse, "não leve a vida muito a sério, afinal, você não sai vivo dela". Às vezes tento levar isso como tatuagem de sentido maior, como se fosse uma oração do derrotado, por...
Não é uma questão de escolha... ... Se fosse assim, eu fiz errado. O problema sou eu... (a mais idiota e, no caso, sincera frase)
Ela está no quarto Vendo a novela das sete. Ele está na sala Ouvindo Cat Stevens. Ela está tomando Um chá de camomila. Ele está soltando Fumaça de um Marlboro. Ela se emociona Com uma cena do folhetim. Ele dá razão A uma frase de violão. Ela deixa uma lágrima cair. Ele engole o seco do sentir. Ela abraça o travesseiro. Ele cruza os braços. Ela se identifica com a mocinha. Ele pensa na Califórnia. Ela bebe o último gole. Ele fuma o último trago. Eles estão se despedindo.
Eu nada fiz. Eis o problema. Errei. Caguei. Fodi. Acabei de me estuprar mentalmente, me fechei no cego transparecer simplemente porque não dei o braço a quebrar, pois para torcer seria superficial. Agora bebo chá. Até que acalma, mas não muito. Utilizo mais dez cigarros para rebater. Não entorto mais a cara por causa do fígado. Ele está virado em um patê.
Senhor do céu, como é difícil! Quero deixar bem claro que sou bem grato com a minha vida. Agradeço por ter todos os dedos, os membros perfeitos e poder caminhar. Agradeço por ter um teto, comida na mesa, uma família maravilhosa e conseguir sanar as necessidades básicas que regem essa orquestra que chamamos vida. Mas, como é complicado agradar, não? Principalmente os amigos e as suas conversas paralelas via MSN ou seja lá que artifício internético. Muitas vezes eu não ligo, estou cagando para os comentários, sobretudo os maldosos. No entanto, quando começa a envolver os sentimentos, aí cansa. E é nesse estado absoluto que estou: cansado. Alguns dizem que andam me chamando de fofoqueiro, de duvidando das minhas atitudes, de ignorando a minha sanidade mental que, confesso, quase foi para o brejo; uns querem mais atenção, outros suplicam em ruídos comunicacionais verdades de carência... No fim das contas, acho que querem é acabar comigo. Dou-lhe razão Roberto, quando se é muito querido o t...