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Não se trata de um dos momentos mais fáceis. Tenho a vontade de conseguir a auto-combustão. Tento ficar distraído, mas, quando percebo, estou apenas caído. Como alguém já me falou: - você está perdido, não? De fato. Meus tiros vão para todos os lados. Confesso que não me sinto nada à vontade nessa condição. Queria ter um plano traçado, uma meta estabelecida. A situação atual não está permitindo. Ou seria o cérebro me traindo?
Eu não deveria estar aqui lamentando a minha fraqueza. Se bem que também se trata de falta de sorte. Tento me apegar à Charlotte Gainsbourg para auxiliar. Não está adiantando muito. Estava meio a fim de revirar o meu corpo pela boca, deixar exposto meu fígado ao relento e que, aos poucos, ele fosse comido por um urubu. Mas aí seria fácil demais, a vida me derrotaria. Não lembro quem disse, "não leve a vida muito a sério, afinal, você não sai vivo dela". Às vezes tento levar isso como tatuagem de sentido maior, como se fosse uma oração do derrotado, porque é isso que sou.
O pior que não tenho nenhuma saída de mestre. Pela primeira vez eu não tenho razão de ser capaz de prosseguir por algo em que acredito. Não dá para ficar empurrando tudo com fluoxetina. Quando o efeito acaba, tudo volta. E o ciclo vicioso prossegue.
Um raio de luz entrou agora pela janela... Puxa vida, a nuvem acabou de encobrir... Ou espero o próximo ou faço um próprio.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.