Pular para o conteúdo principal
Não se trata de um dos momentos mais fáceis. Tenho a vontade de conseguir a auto-combustão. Tento ficar distraído, mas, quando percebo, estou apenas caído. Como alguém já me falou: - você está perdido, não? De fato. Meus tiros vão para todos os lados. Confesso que não me sinto nada à vontade nessa condição. Queria ter um plano traçado, uma meta estabelecida. A situação atual não está permitindo. Ou seria o cérebro me traindo?
Eu não deveria estar aqui lamentando a minha fraqueza. Se bem que também se trata de falta de sorte. Tento me apegar à Charlotte Gainsbourg para auxiliar. Não está adiantando muito. Estava meio a fim de revirar o meu corpo pela boca, deixar exposto meu fígado ao relento e que, aos poucos, ele fosse comido por um urubu. Mas aí seria fácil demais, a vida me derrotaria. Não lembro quem disse, "não leve a vida muito a sério, afinal, você não sai vivo dela". Às vezes tento levar isso como tatuagem de sentido maior, como se fosse uma oração do derrotado, porque é isso que sou.
O pior que não tenho nenhuma saída de mestre. Pela primeira vez eu não tenho razão de ser capaz de prosseguir por algo em que acredito. Não dá para ficar empurrando tudo com fluoxetina. Quando o efeito acaba, tudo volta. E o ciclo vicioso prossegue.
Um raio de luz entrou agora pela janela... Puxa vida, a nuvem acabou de encobrir... Ou espero o próximo ou faço um próprio.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.