Pular para o conteúdo principal

Ela está no quarto
Vendo a novela das sete.
Ele está na sala
Ouvindo Cat Stevens.
Ela está tomando
Um chá de camomila.
Ele está soltando
Fumaça de um Marlboro.
Ela se emociona
Com uma cena do folhetim.
Ele dá razão
A uma frase de violão.
Ela deixa uma lágrima cair.
Ele engole o seco do sentir.
Ela abraça o travesseiro.
Ele cruza os braços.
Ela se identifica com a mocinha.
Ele pensa na Califórnia.
Ela bebe o último gole.
Ele fuma o último trago.

Eles estão se despedindo.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.