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Fossas novas

Eu tinha pensado em vingança, mas continuo sendo bom o suficiente. Talvez agora eu seja desnecessário, mas já fui o meio. E ele é a mensagem? Fuck you! Trago no peito a dor de quase um século, eu acho. É rasgante. Arde o coração, sem dó. Fúria estratosférica na periferia da minha massa. Dilatação irritante de pálpebras. Os olhos não viram. Se tivessem, senhor, você teria que me ajudar ainda mais. O problema é a imaginação que voa, inventa coisas que a outra parte do hemisfério aceita como verdade. Eu desabo. Sou de fato um merecedor? Neste caso, eu sinto que estou sendo vingado. O sorriso deve ser contente, quase sagrado. Um profano de realização satisfeita, bem arquitetada. Ou não. Talvez puro acidente de percurso. Mas coube, se encaixou e estraçalhou. Meu cérebro frita perpetuações, auto-piedade e auto-controle. Chega a ser necessário uma fuga por um ponto que mesmo sendo um está torto. Como é possível? Não será agora que irei saber. Agarro-me em canções. Boas fossas. Fossas novas. Argh!

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.