O amor é repleto de cagadas. Fétidas. O amor não cega, arranca as córneas. E os cornos. O amor é alimento de impropérios, de consequências desnecessárias. De dores. O amor é um estado imaginário que, quando acordado, se revela um abismo. O amor, do início ao fim, é chagas. É merda. O amor causa arrependimento. Se isso matasse, como diz o dito popular, muitos estariam vivos. Ou seja, óbvio, mata sim. Não disseram que o amor é cólera? É também sarampo, catapora, dengue, varicela, caxumba e hepatite. O amor é doença. Qual a razão de ficar sofrendo por ele? Qual o valor moral que isso causa no desempenho de viver? Qual o fruto que pode ser colhido? A maçã? Que se foda. O verdeiro amor é coisa morta, é Romeu e Julieta. O amor é podre.
Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua. Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois.