Pular para o conteúdo principal
Procurou deitar para relaxar o corpo depois de um dia de labuta prazerosa. Arrumou o ninho solitário e se jogou na cama como se fosse um rei. Um som calmo, a companhia, e a janela entre-aberta para a brisa aconchegar. Mas o sono que deveria ser presente, foi embora, como um bêbado que procura a sua baia. Um sentimento confuso começou a se manifestar. Um misto de raiva e amor. Ele quer entender algumas coisas, porém, não quer puxar assunto. Na última conversa, ficou claro: não procure mais. E, desde então, não procurou.


Um dia, um adeus.


As horas vão passando e uma tosse incômoda agora surge. Investigações mentais alimentam ainda mais a insônia. O cansaço se dissipa. E coisas puxadas pela memória afastam o objetivo. O desapego, para ele, é a meta. Mas ele quer chamar a atenção de alguma forma. Não deve. Quando a emoção é mais forte, tudo fica complicado. Esqueça.


Ok.

Postagens mais visitadas deste blog

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.