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Quebranto

Não lembro que verso eu tinha pensado, mas com certeza era para você. Ando uma perdição sentimental, aguentando os cutucares na ferida que aos poucos vai se fechando. Estou contente, apesar de tudo. Naquela tarde em que sai do seu apartamento, tive uma certeza: acabou. O rumo agora vou seguindo de uma forma imprecisa. É assim que as coisas funcionam. Chega de conflitos, cada qual que siga pela maneira exata.

Hoje, finalmente, tive uma conversa bacana com uma amiga. O conteúdo não lhe cabe significado. Apenas saiba: aos poucos vou esclarecendo. E vivendo. Vejo que ainda é cedo para fazer a retrospectiva de 2011. Mas, adianto: valeu a pena. Não sei como lidaremos com a situação. Conseguiremos.

Caminhos se abrem. Por isso, adianto. Estou indo. Um novo coração agora surge, portanto, não faça como da última vez, não haja como se importasse somente para mascarar o que eu já sei. Na realidade, você não liga, porém, precisa sair como vencedor. Não há nenhum nessa situação. Quebranto.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.