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Mostrando postagens de março, 2012

Está

Um friozinho por aqui e o meu pensamento lá em você. O que será que está fazendo? Qual o seu pensamento? O meu está em um copo de vinho, como acompanhante. Chet Baker também está presente. E agora percebo que usei a palavra "está" três vezes. Ops. Quatro. Tenho que me distrair. Ler alguma coisa, talvez. Ou quem saiba tomar um banho quente e ir dormir. Acabei de voltar da academia, estou meio agitado. Tão bom. A cachorrinha ficou do lado de fora, tenho que chamá-la. Mas o pensamento continua lá em você. Daqui a pouco vou escrever alguma canção. Ou não? Acho que só vou revisitar o velho repertório. Ultimamente o Nando que está presente nos acordes. E a palavra "está" aparece pela quinta vez. Ops, sexta. Ok, vou para o Palmolive agora.

Um Beijo Casualmente Planejado.

Como pode o beijo na boca ser algo de entrega? Algo tão íntimo e singelo, mesmo que os dentes se batam e os lábios, meio desengonçados, se enrosquem. É extremamente gratificante um sentir. O beijo é íntimo e aprendi vendo Uma Linda Mulher que ele pode provocar mais reações do que a vã filosofia explica. A Julia Roberts hesitou em beijar o Richard Gere. Naquela situação, não houve dinheiro que pagasse. Mas depois, como excelente mulher sentimental, não aguentou e lascou um terno e singelo beijo no amado, enquanto ele estava cochilando. Ainda hoje acho que o milionário estava se fazendo somente para jogar charme. E conseguiu. Digo isto, nesta madrugada, que o beijo é entrega, pelo sentir da respiração que senti ao encostar em seus lábios, como se há tempos não tivesse feito isso. Foi íntimo. Ao frêmito. E aconteceu. Fim.

Um Dia

Sono. Segunda-feira. Dia 19 de março. Última hora de trabalho. Estou aqui contando cada bocejo despertado. Um deles quase engoliu o mouse. Até fui comprar um Gatorade no bar da frente, mas devia ter pego um café. Sei lá a ideia que tive achando que o isotônico iria tirar essa moleza. Coisa de principiante. Às vezes me sinto uma fraude. Essa frase não se encaixa neste contexto de desabafo, porém, quis escrever. Além de brigar com o sono, estou travando uma batalha com uma série de perguntas para um roteiro que não quer sair dessa caixola. Enquanto isso, vou destilando sabedorias fúteis com pessoas do Facebook. Para acompanhar a missão, o cantor Cícero vai embalando essa vagarosa tarde. Neste momento, me imagino em outro lugar, mais precisamente no litoral. Final de tarde, o sol se despedindo, eu sentado na areia dando tchau para mais um balé das águas. As crianças tentando pegar um siri, eu sozinho planejando bobagens, imaginando o Caetano na década de 1970, e as ondas batendo em um mor...

Boca.

Vamos ajeitando as coisas. Um dia, toda casa cai mesmo. E caiu. Não sei dizer especificamente quais foram as lições que tirei, mas que eu aprendei, sim, aprendi. O que eu não sei. Mas sinto invisivelmente algo fortalecido. Não me tornei um frio e calculista, o sentimento sempre foi e será minha marca na testa. Mesmo que tenha sido um chifre. Mas não tive medo e me entreguei e dormi de conchinha sim, sem fugir de madrugada depois de uma gozada, sem precisar inventar desculpas para não tomar café da manhã e sem precisar apelar para o tão batido "acabei de sair de um relacionamento". Até mesmo porque nem é tão recente. Oficialmente, 14 de janeiro de 2011. É que andamos nos enrolando no decorrer do ano passado. Finalmente teve fim. Aquela história me massacrou ainda mais do que saber que fui traido. Admiro consideravelmente as pessoas que conseguem ficar amigos de seus respectivos ex. Parabéns! Eu devo ser muito careta mesmo ou sentimentaloide demais. Não ligo. A melhor forma, pa...
Uma felicidade gostosa, com pequenos prazeres que abrem sorrisos. Aquele humor ácido retornou, mas com uma dose contida. Na verdade, está tudo inconsequente mesmo. E estou adorando. Talvez eu tenha marcado ontem, não atendendo um chamado. É bom segurar um pouco, só para testar se a vontade e o sentimento são verdadeiros. Está sendo ótimo. Só não sei como vou reagir num futuro. Por enquanto, aproveito com toda a consideração possível. Confesso que estou meio cão. No pior sentido que isso possa parecer. No entanto, sou um cara respeitador e não estou brincando de cretino. Já fiz isso muitas vezes e magoei muitas pessoas. Apesar de, confesso sem falsa modéstia, ter um carisma, não usando para o mal que aproximarei os contatos de pele. De tanto maltratar uma pessoa, acabei afastando-o para sempre. Hoje é melhor assim, pois também tive uma espada gravada em minha cabeça. Resumindo: estou adorando dormir contigo. Pelo carinho, sobretudo.

Grana

Estávamos nos amassando no sofá. Os lábios se entrelaçavam com aquelas mordidas levianas, mas que fazem levantar o arrepio. Por cima, o beijo começou a ficar mais louco e doce. Além dos vizinhos de cima, a testemunha era a TV ligada. Aquela luz azul sob o rosto criava um pequeno mistério na minha retina. Um detalhe em suas costas me chamava a atenção: uma cicatriz meio aberta. Possivelmente um machucado recente, como se apenas uma garra do Wolverine tivesse rasgado o couro. Eu deslizava o dedo delicadamente sobre a pele em alto relevo. Como não disse que doia, continuei. Como era de se esperar, as mãos começaram a ficar bobas. Das costas, foram descendo, alcançando as nádegas. Que nádegas. Durinhas como as de Helena de Tróia. A tez morena fica mais bela com aquela luz da TV. A gente reclama, porém, o televisor em qualquer canal é sempre companhia. Até para o início do sexo. Lógico que nem estávamos prestando atenção no meio de comunicação. Só lembro de ouvido de longe "Lets Dance...