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Um Beijo Casualmente Planejado.

Como pode o beijo na boca ser algo de entrega? Algo tão íntimo e singelo, mesmo que os dentes se batam e os lábios, meio desengonçados, se enrosquem. É extremamente gratificante um sentir.

O beijo é íntimo e aprendi vendo Uma Linda Mulher que ele pode provocar mais reações do que a vã filosofia explica. A Julia Roberts hesitou em beijar o Richard Gere. Naquela situação, não houve dinheiro que pagasse. Mas depois, como excelente mulher sentimental, não aguentou e lascou um terno e singelo beijo no amado, enquanto ele estava cochilando. Ainda hoje acho que o milionário estava se fazendo somente para jogar charme. E conseguiu.

Digo isto, nesta madrugada, que o beijo é entrega, pelo sentir da respiração que senti ao encostar em seus lábios, como se há tempos não tivesse feito isso. Foi íntimo. Ao frêmito. E aconteceu. Fim.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.