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As pessoas estão cansando uma das outras muito facilmente. Seria um efeito de mudança de interface? Seria os relacionamentos cada vez mais efêmeros via Facebook? Seria a falta de interesse de manter um relacionamento de fato? Qual seria o serão? Qual será o seria? Freud, tudo bem?
Uma grande mudança está acontecendo. Ainda existe o compromisso, mas cada vez mais breve, por vezes, superficial. Por isso admiro as pessoas que conseguem manter um relacionamento à distância. Tenho uma colega de trabalho que é noiva de um americano e eles continuam se amando, mesmo ela aqui e ele lá nos EUA. Acho isso tão incrível. E certas pessoas acreditam que 54 km é demais. 
Alguns indivíduos não gostam de manter mesmo. A lei do desapego é bastante evidente. Até demais.


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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.