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Até de amor nos curar

Nada se compara a você.
Eu queria ter um derrame de amor,
Por ti.

Meu rádio toca a mesma canção
Meu tímpano está viciado
E o meu corpo também.
Por ti.

Respiro aquilo que te cheirei
Do peito até sua nuca
Da tatuagem até a virilha.

Nada se compara a você
E tenho medo
Que tudo será comparado,
Nos próximos,
Nos outros,
Nos vácuos.

Eu queria ter uma ferida contigo
Que continuasse aberta
Até de amor nos curar. 

lSH

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Fim

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Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
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