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Mostrando postagens de setembro, 2016
É madrugada. Normalmente a insônia invade sem pedir licença e leva horas que poderiam ser sonhadoras. O comprimido não causa mais a sensação boa do relaxamento, só traz insatisfação pela não eficácia que não apresenta no rótulo. Tudo bem.  O dia foi um tédio de proporções que não caberiam nesse escrito. É muito fácil reclamar, difícil é arrumar as soluções cabíveis para melhorar esse desempenho, essa tentativa de sobreviver. O doce vai perdendo o gosto até que acaba. Desgusta r aos poucos necessita de muita paciência, qualidade que foi jogada no buraco negro de ilusões. E a madrugada segue acompanhada por uma dor de cabeça leve, porém, chata. Às vezes parece que tudo vai dar certo. Mas, é só o efeito dos primeiros segundos que o tabaco causa. Dura muito pouco a sensação. Há coisas mais fortes. O experimento, por enquanto, não será necessário. Se bem que alucinações fazem parte do não concreto. Imaginar é preciso. Nada de areia nos olhos. Nada de sonhos perdidos e sem nexo. Nada de ...
Segue pela estrada. Sozinho. As únicas companhias são as estrelas e o rádio ligado em uma estação qualquer. O locutor parece estar travando um monólogo quando anuncia a próxima canção. "A love that will never grow old". O motorista sente uma fisgada no coração. A lágrima não demora e se joga do olho. Ele relembra o amor perdido. Continua em linha reta. Perde a direção. Estaciona o carro. Acende um cigarro. Um frio corta o lábio e ele imagina estar envolvido em braços que perd eu. Fica mais um pouco no conforto do inverno que deixou perder o coração. Não entende o por quê de certas coisas. Procura por explicações que não existem. Não compreende. Percebe que está rodando em círculos e sente os disabores do amor. Aumenta o volume do rádio e se deixa guiar pela música. Triste. Entra no carro. Volta a dirigir. A canção acaba. Inicia outra. Mais dolorosa, mais melancólica, mais claustrofóbica. Ele sente a falta, intensa, forte, cortante como o frio que faz na estrada. O inverno nun...
Bálsamo em abraço/Te quero exato em crise aberta/ De triste sorriso ao sangue em face. Te cheiro navalha em madeira cortada/ De perfumado dedo sujo ao tanto/ De encanto refúgio no banheiro aberto/ O acesso é livre. Na Constituição agora desencanto/ Um traçado torpe de linhas correstas/ Com fumaça no rosto e um beijo com gosto de sexo lendo ao puro oposto.
Perceber que aqui - só - solamente com o olho de vidro que ilumina através de várias cores, vejo que a graça está justamente nisso. Tratar de ousar está em acabar de novo o algo niilista. Nem quero pensar que o inverso do meu verso sarcástico provoque ira, não é a intenção. Na real, a vontade é de guerra, mesmo nessa era de sorrisos falsos. Amargo é ainda saber que a claustrofobia do dia cega o causar do riso desesperado. Mas a vida tem dessas coisas do paradoxo, dos paradigm as e das manias. Nem sempre se pode ser bom. Quero arrancar o coração e fazê-lo alimento para os animais. E na tranquilidade fico no esconderijo, com incenso, vela e Jorge Drexler. Atrasar o que nunca foi começado, agora, inicia um período de vago sentimento. O pensamento está inacabado como acabo com mais um litro. A promessa foi parar, mas fiz algo. Não consegui e prossegui, até terminar. O último gole é o mais preciso e gostoso. Deixa cá, que perceber é realmente ver a volta das características das mensag...
Não há busca Em troca de algo Nem calor, nem amor. É de sorriso que se abre Um agradecimento. De fato lógico Um rompimento Por hora chegou. O cataclisma de sentimento agora vazou. Não foi culpa dos dois: Um outro sempre surge (depois).

Nosso Sangrento Amor

Eu faço seu ouvido sangrar Com as falácias profanadas Enquanto eu tenho o fálico Em vermelho no madrugar. Eu posto coisas em sua mente. Você diz que eu desvirtuo suas verdades. E eu respondo que deve ser por isso Que continua comigo. Mas no fim a gente ri, E aquilo que nos move É o sentimento que alimenta Mais um dia que promove. lsH
vago nesse caso que vasa na minha rua uma saudade castanha. é loucura, quiçá. não entenda o contrário. sobrevoo em disparates mais uns quadrados. revelo um intruso que confundo com glória, mas é de álcool que exercito outra ação. sou vegetariano de purismo. e revejo que o realejo da minha ofuscada inclusão não serve para banquete de concretismo barato.

_abuso_

os pés descalços no vidro ouvido no fundo infinito. calor de mão no fogão dedo dentro do umbigo. gemido de criança sem crença e nos olhos o choro sem bença. lsH
Algum exercício para tirar a mente desse marasmo. Algum tempo que valha para tirar esse relógio do estorvo. Algum fruto que sirva de melhor alimento do que a maça oferecida pela serpente. Alguma metáfora que contribua para a sobrevivência diária. Alguma canção que exploda com gratidão o meu tímpano. Algum político que além de promessas ofereça a prática. Algum conteúdo que nos encha de satisfação e nos faça caminhar o mesmo trilho. Algum problema que nos desencaminhe para o l ado errado. Algum acerto que se mostre errado para provar que o correto às vezes é um grande saco incômodo. Algum soco no rosto que ajude a melhorar essa cara. Algum provérbio que seja citado erroneamente e influencie todos os estudantes retardados. Algum administrador que provoque o caos em uma grande empresa. Algum capitalismo para ressaltar que o modelo socialista não deu certo. Algum socialismo que apresente ao capitalismo como se deve seguir o momento econômico. Alguma frase confusa que faça pensar. Alguma co...
E aí você conhece uma pessoa. Sabe que ela peida, mija, tem excrementos, pega gripe e pode ter chulé, mas se entrega mesmo assim. Conta suas particularidades, não para de falar sobre a sua vida, quer dividir tudo ao mesmo tempo. Relaxe, melhor não entregar tudo de uma só vez. Se acontecer de novo, um outro encontro, vai se descascando aos poucos.  Você sabe que pode se machucar ou, pior, se machucar de novo devido a outra experiência. Porém, por que não se arriscar? A vida é  repleta disso e tudo vem acompanhado de peidos, de mijos, de excrementos, de gripe e até chulé. E você sabe que vale a pena. Vocês se beijam, trocam afagos, curtem o abraço e compartilham o momento. Quase que nem no Facebook, porém, com o contato físico, o que é muito bom e salutar. Tudo está ótimo: a conversa, as carícias, o enroscar dos pelos e a saliva. A pessoa lhe deixa em casa, você sai com um sorriso imenso, lembra que quando os lábios se encostaram começou a tocar "Everybody Hurts" no rádio, acen...