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Algumas frases que não falo mais depois dos 35
Cerveja barata é legal. Sabe onde encontro mais? Tudo o que preciso é de um colchão e sinal de internet, além da minha bicicleta. Cerveja barata é bom, né? Tudo o que eu quero é curtir a vida e gozar a liberdade com meus amigos. TODOS OS DIAS. E viajar muito, lógico.
Quero ter um trabalho bem flexível, sabe? Desses que a gente tem tempo para fazer outros projetos, escrever poesias, livros, pintar camisetas. Quero sempre estar atualizado com os filmes, os livros, as músicas, além de estar sempre buscando aperfeiçoamento. Eu quero uma vida de sarcasmos, saca? Tipo Calvin e Haroldo.
Definitivamente, cerveja barata é tudo na vida.
Eu vou trabalhar num escritório que me permita me concentrar em coisas criativas, até eu ser reconhecido e poder largar tudo na real e sair por aí vivendo de arte. Não acho que eu esteja pedindo muito. Sério, quero ser reconhecido logo.
Caralho, essa cerveja barata é a MELHOR COISA QUE ALGUÉM JÁ INVENTOU!
Misturar remédios e álcool é tão gostoso. Meus pés estão doendo, não aguento mais dançar. A festa foi do caralho, acabei encontrando um louco, ficamos falando sobre filosofia hindu por umas quatro horas, até cansarmos, aí fomos beber uma CERVEJA BEM BARATA. Não voltei para casa, peguei carona com estranhos que me levaram para um local mais estranho ainda. Até hoje não sei os nomes daquelas pessoas.
Quando eu passar dos 30, terei essa disposição que tenho hoje aos 22. Mestrado é coisa para quem não se deu bem na vida. Será que eu deveria ter cursado algo na área de tecnologia? Quem sabe nanotecnologia? Foda-se o emprego, vou viajar para o litoral do Rio Grande do Sul com os meus parças!
Não estou querendo um relacionamento agora. Acho que nem curto esse lance. Vou sempre conseguir viver sozinho. O que é essa ferida no meu pênis?
PORRA, ESSA CERVEJA BARATA É UMA LOUCURA!
Acho que só sairei com uma pessoa a partir do momento que pintar aquela conexão, me entende? Aquela coisa meio mística, meio hippie, meio John e Yoko. Não ligue para a bagunça. Parei de tomar aqueles remédios. A felicidade existe sim e está guardadinha numa caixinha de música que toca Caetano.
Não consigo nem me imaginar com 35 anos. Nem quero viver até lá.
PU-TA QUE O PA-RIU. CERVEJA BARATA É O NÉCTAR DA AFRODITE EM DIA DE SÃO PEDRO!

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.