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Eu vou fumar todos os cigarros. Vou desaparecer com a fumaça. Vou consumir todos os remédios. Vou sumir com a ansiedade. Vou procurar todos os métodos, vou seguir nos erros. Vou revirar os vodus. Vou beber a macumba. Vou ao submundo. Vou morrer para ressuscitar. Vou beber aquele veneno. Vou tragar todas as derrotas. Vou viver a mesma situação. Vou amar outra pessoa. Vou prosseguir como estorvo. Vou seguir como perdido. Vou chorar a mesma música. Vou escrever um novo roteiro. Vou estraçalhar o meu peito. Vou cuspir o azedo. Vou dar um beijo seco. Vou chupar o amargo. Vou contar os segundos. Vou atirar nos minutos. Vou atropelar um coração. Vou sofrer o caramba. Vou reviver o futuro. Vou viver o passado. Vou praticar o presente. Vou me perder na estrada. Vou pedir uma carona. Vou viajar pelo deserto. Vou ser amigo da solidão. Vou encontrar a derrota. Vou cortar a cabeça. Vou cheirar óleo diesel. Vou ressecar o olho. Vou furar a mão com um prego. Vou subir uma montanha de pó. Vou sorrir a tristeza. Vou desapegar o contato. Vou desejar um abraço. Vou querer muito mais. Vou pensar no roçar de pele. Vou querer algo mais. Vou lembrar de você. Vou novamente sofrer. Vou correr pelas escadas. Vou encontrar o topo. Vou pular no abismo. Vou cair com os olhos abertos. Vou dormir para te achar. Vou sonhar para viver.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.