Pular para o conteúdo principal

Coisa desprezível


Tenho naquilo em que o meu ódio se manifesta
A mais nefasta sensação de desconforto em vida.
Carrego em mim essa loucura disfarçada de calma
Mas uma espada está cravada no meu coração.

Tudo o que eu faço parece ter o efeito inverso
Como se o universo estivesse anunciando o fim
A única forma de suspiro tranquilo é encontrado
Quando meus olhos se fecham, simulando a morte.

A confusão da sua visita junto ao meu corpo nu
Faz os meus dedos respingarem sentidos pestilentos
A mente retorce argumentos pifiamente vis
E a cabeça adentra o espiral da psicose permitida.

Cansado de me lançar aos braços da esperança
Recordo os tempos quando eu não a tinha
E é para o passado que desejo imensamente voltar
Mesmo que me feche o futuro de possibilidades.
lsh

Postagens mais visitadas deste blog

um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.