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... E segue ...

O compositor e cantor Alvin L. certa vez cantou: "A vida pede provas e quem ama dá". Fazia tempo que uma frase não causava tanto sentido para mim. Não que a vivência esteja ruim nesse exato momento, poderia estar melhor, mas os acasos sempre provam o contrário. E assim segue.
A atualidade é de niilismo que eu quero promover, derrubando estigmas e sabotando os desejos escuros. Se bem que alguns continuarão na minha lista de afazeres. Só os vícios, esses sim, terão que dar adeus ao corpo que agora procura descanso.
Às vezes pareço aquele personagem mais sem graça de uma película hollywoodiana. De fato eu sou, mesmo com as idiossincrasias que insisto em transbordar quando encho a cara. Não estou falando de álcool, estou falando de paciência mesmo. É que a convivência não é a minha melhor qualidade, por mais acessível que eu me ache. Narcisismo.
Junto a frase do Alvin L. com a da banda portuguesa, Xutos e Pontapés: "A vida vai torta, jamais se endireita". E assim vou dizendo tchau ao descolorido que pintei acreditando ser romance. Mas era câncer.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...