Pular para o conteúdo principal

Salve, salvas, Semana da Pátria escapando...

Semana da Pátria escapando pela larga esquina da avenida repleta de enfadonhos. A bandeira não reluz tanto mais, nem tanto menos, muito além do que não se faz. A ordem e o progresso não se encontram, apenas bordados em cor verde qualquer, que ultimamente o interesse não interessa, com todo o perdão da redundância.. A vontade é escrever vagas, já que administradores desastrados tentam provar o comprovado. Dicotomia é a arma do negócio. Contradições são extensões de interesse não público, o privado ainda possui os seus jogos.
A nossa terra é o bem amado (?). Do que interessa “Brasil, de amor eterno seja símbolo/ O lábaro que ostentas estrelado/ E diga o verde-louro dessa flâmula/ Paz no futuro e glória no passado”. Joaquim Osório Duque Estrada tem um bom texto publicitário, sobretudo acompanhado da crescente música de Francisco Manoel da Silva. Embriagados de paixões talvez os dois estivessem. Se fosse hoje, escorrendo pelos becos do desgosto pútrido os compositores estariam. Agora engarrafados foram lançados ao mar, onde muitos enganados procuram um cais. Mas é o caos que retorce em um horizonte torto de edições mal finalizadas que impera.
Pobre do Dom Pedro I, com seu nome extenso de pura vaidade planejada, às margens do Ipiranga gritando a célebre frase. Eles são bons publicitários. Antes tivesse desejado a morte. Não, mas ele foi teimoso e não quis deixar os espanhóis se multiplicarem. Talvez se os hispânicos fossem os desbravadores do “verde-louro”, muitos Pablos Nerudas tivessem nascidos nesse “berço esplêndido”. Mas o filho teu não foge a luta, e optamos pela independência pintada a golpes de canetas esferográficas fabricadas com mão-de-obra barata. E da nossa água ninguém irá roubar, só quando um louco liberar as ogivas de desespero nos acertar. Até lá, já teremos contaminado todo o rico transparente líquido que sem sabor nos sacia. Salve símbolo augusto da paz.
E o coro dos descontentes ainda ecoa. Está se transformando em objeto diluído em um pote de cultura de massa. A revolta também é publicidade, também serve para ser vendida em grandes redes de supermercados. Se duvidar, pode ser encontrada até na versão em pó. Mas, se preferir, fique com a versão refil, assim você preserva o meio ambiente. A vida segue. E a Semana da Pátria vai escapando com “os” malas a paraísos fiscais que estão muito longe de nossos anais.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.