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Bom dia, sono. Às vezes fica extremamente difícil acordar. Hoje está sendo assim. A remela cibernética ainda não saiu do canto dos olhos. Nem óleo diesel ajuda a retirá-la. É o formol que impera na conservação do bocejo. Uma estratosférica preguiça que embala o período matutino. Como uma canção do Damien Rice, com aqueles dedilhados de violão e melodia pegajosa e arrastada, perfeitos para degustar um café da manhã com torradas e manteiga. Aliás, as canções do Damien Rice são exatamente redondas junto ao desejum matinal. As composições são ótimas para acordar. Deve ser por isso que ainda esteja com sono, pois não ouvi nenhuma música dele no momento em que levantava. Mas, digo de passagem, lavar o rosto com uma música do Damien é um bom experimento, sobretudo com a canção Cannonball. Com certeza absoluta, ressalvo em gratidão, acordar ao som do cara é dia bom no alvo. A simplicidade sônica tem dessas coisas.
No momento em que escrevo este post, o sono até que está indo embora. Confesso que é culpa dos acordes damienriceanos. Amplio os predicados e aproveito para sugerir também o acompanhamento de Jamie Cullum, pop/jazz na medida exata em qualquer refeição do dia. E, para esquentar, não há como esquecer os Pixies, banda de Boston que está no meu playlist contínuo de possibidades risonhas.

Ah, como é bom ouvir música...

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...