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Para Alberto e Amanda em algum lugar do pacífico artificial onde se encontram as cores das flores

Iluminando o canto escuro com os sons daquelas notas musicais que recheiam os movimentos rápidos dos olhos. Algo fantástico para se ouvir em uma noite nebulosa. Aquela do "todo mundo se machuca". Espero que você entenda.
Vai lá e traga algo para a satisfação. Traga duas, uma carnal e outra de espírito. Roube lá do céu um pedaço de devaneio frívolo que faça a diferença. Pode ser um asteróide de sentimentos líquidos que possam ser bebidos com chocolate. Meio amargo, é bom ressaltar. E deixe por aí aquele olhar fechado, quase cego que retorce o pensamento mais fiel.
Deixe-se alegrar o triunfo da discordância que sacia o âmago claustrofóbico. Leia-se em voz alta para escutar a beleza do poema composto ao sangue de misericórdia. Caia na folia disléxia do antropofágico cálculo renal das aquisições amorosas. Faça-se em lágrima de água benta aprovada pela inquisição mais autoritária das suas razões que me alegram. Ilumine ainda este canto que suplica conseqüências sinceras, como um parto ao contrário, injetando vida para ser recriada. E me espirre as bobagens viciantes que não me canso de passar através do ar. Maldito vírus que não se cansa de contaminar. É um fato mesmo essa adolescência adulta com tantas conversas sagazes que beiram a depressão. Um cansaço, uma estafa, uma balbúrdia com refrão pesado de guitarras dissonantes. Ao contrário da canção antes cantada em forma de parábola que você infectou o meu coração. Então agora eu rasgo lentamente enquanto espero o pedaço ou o algo que me traga lá de cima, do azul, do negro, do amarelo, do ciano, do grotesco infinito possivelmente desenhado. As minhas mãos estão ao alcance do entrelaço que revigora o privilegiado atroz esperançoso, pintado em gotas de tintas frescas. Vários tons ainda desafinam a beleza do retrato, para tudo, a leveza da melodia vai me causando pegajosos arrepios. Há vida no canto escuro iluminado com meu isqueiro de frivolidade. Pegue logo, o fluído está acabando.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).