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Divertimento para uma noite de sexta-feira

De preferência, sozinho, coloque na vitrola qualquer som do Pixies. Caso tiver, opte por uma coletânea ou pelo lado b da banda. Tente cantar junto enquanto estiver dançando, mas tem que se remexer de um jeito bem esquisito.
Permita que a voz do Black Francis (ou seja lá como ele esteja assinando o seu nome no momento) penetre os seus tímpanos. Deixe que o vocal cause estragos no cérebro. E quando o vocal de Kim Deal (a baixista do Pixies) entrar sem pedir licença, faça a mesma coisa, responda com o seu vocal contra o aparelho de som.
Faça com que os seus vizinhos ouçam a esquizofrenia sônica. Não da banda, e sim, os seus sons. Vale palmas, berros e grunhidos. Só não vale peidar. Se na bolacha tiver “Broken Face”, melhor, será o seu apogeu solitário. Abra um vinho, acenda um cigarro, vomite a canção.
É óbvio que no conjunto das canções, “Here Comes Your Man” terá presença obrigatória. Opte pela versão oficial. Mesma na obviedade, solte as sensações mais estranhas que desejar. Logo após, seria legal que tocasse “Gigantic”. Daí é só correr para o abraço e sorrir ao espelho uma boca suja de vinho.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).