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Nada muito além para colher no meio dos cactus. Por horas sobe um inseto que incomoda. Nada que um inseticida não resolva. O caminho das pedras está bem presente. Pobre dos pés descalços que sangram em passos lentos de esperteza. Arranca da cerne a última gota de esforço, enquanto desce o sol do último ponto de fuga visível a olho nú. O resto do corpo também desnuda. Paira em calma um agudo furo de reportagem não publicada. A época do bico calado nunca foi tão admirada. E retardado é aquele que ainda procura sentido no indelével questionamento persuasivo de mistério e poder. Os tempos são outros. O dinheiro também.Retorno ao encontro do santo recém batizado na Igreja Católica, no exato momento da cerimônia de lava-pés. O sangue da sola isola o ato de perdão. Sofre quem controla a população.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.