Nada muito além para colher no meio dos cactus. Por horas sobe um inseto que incomoda. Nada que um inseticida não resolva. O caminho das pedras está bem presente. Pobre dos pés descalços que sangram em passos lentos de esperteza. Arranca da cerne a última gota de esforço, enquanto desce o sol do último ponto de fuga visível a olho nú. O resto do corpo também desnuda. Paira em calma um agudo furo de reportagem não publicada. A época do bico calado nunca foi tão admirada. E retardado é aquele que ainda procura sentido no indelével questionamento persuasivo de mistério e poder. Os tempos são outros. O dinheiro também.Retorno ao encontro do santo recém batizado na Igreja Católica, no exato momento da cerimônia de lava-pés. O sangue da sola isola o ato de perdão. Sofre quem controla a população.
É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.