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Em dó maior


Retalhando os sentimentos

Com uma navalha pouco afiada

Fica jogada no canto

Do obscuro quarto.


Lembrando outras lágrimas

Derrubadas em vacilos amorosos

De sigilo

Fica só na canção.


Procura um par, mas a melodia

É para se dançar só

Se encosta no canto

E escapa um lamento.


Escorre um pouco pelo pulso

E desisti então.


Fecha os olhos e abraça o nada.


Fica fechada em dó.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

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Oportuno

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