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Na impressão da letra torta revela as vontades das felicidades vorazes. Atrozes gostos de critérios milimetricamente estudados, tudo para satisfazer os desejos solicitados. Lado avesso dos sentimentos, por assim dizer, graças a violentas noites de prazer roubadas a golpes de alcatrão. Jorge Drexler dava razão enquanto o ponteiro maior do relógio seguia o seu cotidiano de matar os minutos. Segue para o copo mais uma coragem líquida a fim de continuar o testemunho exacerbado de delicadezas fraseadas.

Em um momento interrompe a ação e viaja em pensamentos outros. Segundos de fragmentos imaginados junto ao transtorno bipolar que envoca um novo gole de vodca. Literatura chinesa vendida pela Acadêmia de Letras como retrato paraguaio. Certos pensamentos, de fato, ficam sem nexo, soltos, hipérboles. Resquícios que acabam desconcentrando o raciocínio. Como a frase ali agora pouco lida.

Retorna ao centro do epicentro centralizado na ponta do centralizador. Por pouco escapou do meio. Um meio abraço, um meio tchau, um meio beijo, uma meia ideia, uma meia suja, uma meia furada, uma meia inteira. Novamente, se perde. Volta, então, ao meio tratado, ao meio fim, ao meio dizer, ao meio desculpar, ao meio considerar. O objetivo é único, simples: terminar. Metades relacionais não fazem sentido em envolvimentos que, afinal, querem o todo. Se metades adiantassem, o problema seria solucionado. Mas, como se trata de uma conta, ela precisa de um final. Por isso, termina a carta na imprecisão da letra torta que conta através de delicadezas fraseadas, ao som de Jorge Drexler, em que pede uma desculpa, dá um adeus e deseja força. Sempre.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.