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Bate um sono. Um cansaço bom. Quero fechar os olhos e encontrar em sonhos a satisfação que não percebo no viver. Não que dormindo eu não esteja vivo. Você entendeu o que eu quis dizer. Mas revelar em projeções os sentimentos que curti, e perdi. Sendo extremamente egoísta, não tenho a mínima vontade de saber a sua posição. Acabou. Você acabou comigo. Um parte de mim teve que partir, outra parte sua também me partiu. Não sei se está bem, não sei se está mal. Apenas não sei. E assim quero continuar: não sabendo.

Agora quero fechar os olhos. Acordar um novo amanhã de possibilidades. Não gostaria de acordar novamente pensando em você. Ainda é difícil. Fico imaginando coisas. Minha sensibilidade me permite prever certos acontecimentos. Até o momento, acertei todos. E mesmo assim não me preparei para o pior. Nós nunca nos preparamos para coisas assim. Porém, confesso, sinto muitas saudades, por enquanto somente das boas situações. Em breve, sentirei das ruins também. Só que estou enterrando, seguindo o horóscopo, que sinaliza um rompimento definitivo. O conselho é não olhar o passado. Contudo, somos feito disso, ou seja, se torna ainda mais complicado separar as coisas. Estou tentando.

Quero fechar os olhos. Acordar sem o seu rosto na memória. Quero acordar de um sonho bom. Quem sabe algum que traga esperanças de novas situações. Não contigo. Eu perdi. Que pena. E elas ganharam. Depois de tudo, conseguiram ganhar. Parabéns a você.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Alguém me disse que uma das melhores coisas para se esquecer um amor é escrevendo sobre ele, analisando os fatos. Não sei dizer se isso é verdade, mas sei que dói. Tenho quase 30 anos e já tive desilusões amorosas e confesso: as outras foram mais fáceis. Certa vez um amigo comentou que só existe um grande amor na vida. E eu passei a acreditar nisso. Muitos profissionais dessa área, afinal, praticar o amor é viver em sofrimento e dedicação trabalhista, procuram no bar mais próximo o método para esquecer o momento do rompimento. Eu não tive essa oportunidade, pois o bar mais próximo era muito, mas muito longe. O detalhe é que o rompimento aconteceu na casa da pessoa que até então se declarava, que dizia: depois de tudo o que passamos, terminarmos seria um erro. Puta merda! Tem ideia de como me sinto quando lembro dessa frase? Quando isso acontece, logo me vem à cabeça os bens materiais. Por que gastei? Para que comprar um perfume tão caro? Para reconquistar? Sim, e olha no que deu. E a c...