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Mostrando postagens de setembro, 2011
Não estava a fim de retratar novamente o sentimental, mas somos feito disso. Queria ter rabiscado um poema ou musicado algo que valha. Não obtendo sucesso, retrocesso o processo presente. Mas acabo ficando contente, pois houve um rompimento antes do estrago total. Reconheço a derrota de cabeça semi-forte, ainda o período é tufão. Vejo, novamente, como aprendizado. Curti os planos e percebo que para algo eu servi: o fortalecimento de algo que nunca deveria ter sido discutido. Agora peço a gentiliza de me retirar de algo retirado e desejo a felicidade mútua a ambos. O amor prevaleceu.

Atmosférico

Atmosférico. Viagem sinistra pelo pensamento audacioso. Remorso inconstante em ação. O teto gira como catavento, mas nada pega, nem relento. Os olhos vidrados trincam no claro. Truques do destino, faro-fino do saber. Entendimento nulo, obtuso retrato de deglutir. Exercício de saber, sem contas a fazer. Poesia riscada, letra quebrada, canção dilacerada. Frase rabiscada da cintura para cima. Frescura de sentir, dor de agoniar. Amor em vão, alegria em grão. Tropeço do acaso, caso do sossego. Leituras apagadas, sentimentos invertebrados. Páginas estupradas, canetas abertas. Vaginas lagrimosas, pênis com rinite. Atmosférico . Hiberbólico sonido de substância lícita, na leitosa vulva que oferece carinho. Pus de felicidade brotando dos lábios, que doloridos sorriem torto. Mas morto um desejo FRANCO, mesmo não conhecendo o significar. Do contrário, honraria o batizado. Atmosférico. Periférica entrada conhecida. Fálico gostar de satisfação. Faça-se honesto, pelo menos no agora. Embora outro...

Síndrome de Pânico

É um desafio, às vezes. Outrora, sou vencido, mas consigo contornar com fuga. Mas, digo, trabalhar com crise de pânico e ansiedade é dilacerante. Sinto como se o meu cérebro fritasse. A confusão não permite concentração, algo que, durante uma entrevista, preciso para realizar o bom ofício. Hoje, por exemplo, estava tudo normal. Tinha anotada todas as perguntas necessárias, eu tinha uma clareza da complexidade das pautas e já tinha traçado o andamento das questões. Como sempre acontece, repentinamente, um leve desespero inicia. A única coisa que passa pela cabeça é a palavra: fodeu. Tento controlar a respiração, que entra em parafuso e sinto como se um macaco estivesse aprontando as melhores besteiras em meu peito. Eu sinto uma dormência, às vezes. Não sei se é princípio de infarto, afinal, fumante eu sou. O certo é a vontade de sair voando do local, qualquer que seja. Fico me imaginando tendo essas crises em um avião. Como seria meu comportamento? Enfim, no caso de hoje, o auto-control...

A sua parte hoje sou eu

A melancolia absorve essa cerne que necessita de descanso. Os olhos fundos desejam raiva, mas é de amor que o corpo se nutre. De tanto querer, te perdi em definitivo, sem razões explícitas. Minha imaginação permite as interpretações. E tenho a certeza: fim. Ontem percebi que é necessário um pouco de humor para o enfrentar das mazelas. Mesmo com a conclusão, deixo a tristeza inundar graças aos versos que analiso como se fossem para mim , daquela banda que você também curtia. "Nessa cidade tem uma rua que eu não ouso mais passar". Nem preciso falar qual. "Nessa cidade tem uma rosa, de pálida agonia a me esperar". Se espera, tomara que alcance. "Nessa cidade tem uma casa, que eu não posso mais entrar". Nem nunca entrei. "Nessa cidade tem outra casa, cheia de flores pra você". Apesar de, na verdade, tratar de morte, eu penso em outra coisa. "Eu não vou mais estar do teu lado. Mesmo assim, sempre vou te amar". Talvez, a única certeza que...

Fuga

Estamos cá, acalmando o coração. A tolice de descontrole mental permeia o fluxo repentinamente. A gente tenta e aos poucos, conforme os minutos passam, a tranquila sugere alguns instantes de paz. O amor ainda é a razão, mas enquanto não vem, a situação ideal é o sono, a fuga da vivência.
Eu não sei quais foram as mentiras. Acredito que será melhor nem sabê-las. Não quero mais ficar recebendo ameaças, desaforos e impropérios. Apesar de me sentir sincero, fica um resquício de um sentimento errado. Talvez o meu erro tenha sido confiar demais. De toda a maneira, não pretendo vingança, não pretendo mais abrigo, não pretendo mais procura. E, apesar de tudo, da mais profunda verdade, desejo que agora você tenha felicidade ao lado de quem realmente ama. Só não quero que me acuse de ligações. Elas não foram feitas. Caso esse detalhe continue a ser explorado, um meio arquitetado pode ser posto em prática. Infelizmente, será prejudicial. Mas eu vejo que agora a poeira acentou e o seu deslumbre é outro. Acredito que não terei que não precisarei mover uma ação para isso. Eu só queria um mínimo de respeito pela brincadeira, algo que eu vejo que foi da sua parte. Mas, seja feliz. No fim das contas, guri, deu tudo certo. Para você, pelo menos.
Não estou entendendo. Primeiro, vem um e-mail, pede que eu te esqueça. É claro que não conseguir fazer isso, mas estou respeitando e não entrei mais em contato. Agora me manda outra mensagem dizendo para que parar de ligar para o seu namorado? Como assim? Nada fiz!

Com mais de 30

Fato da semana: completei 30 anos. Bem sobrevividos, diga-se de passagem. E nesta hora, o que me vem à cabeça é aquela música do Marcos Valle, que diz assim: Não confie em ninguém com mais de trinta anos Não confie em ninguém com mais de trinta cruzeiros O professor tem mais de trinta conselhos Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta Oh mais de trinta Não confie em ninguém com mais de trinta ternos Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos O diretor quer mais de trinta minutos Pra dirigir sua vida, a sua vida A sua vida Eu meço a vida nas coisas que eu faço E nas coisas que eu sonho e não faço Eu me desloco no tempo e no espaço Passo a passo, faço mais um traço Faço mais um passo, traço a traço Sou prisioneiro do ar poluído O artigo trinta eu conheço de ouvido Eu me desloco no tempo e no espaço Na fumaça um mundo novo faço Faço um novo mundo na fumaça Não confie em ninguém... Eu fui professor, acho que já tive ...
E continua a doer. Mas tenho que aceitar. Não posso me culpar, Mesmo me fazendo. Lógico que te queria. Perdi sem razão. Até existe. Não sei o fato. Espero que seja feliz. Muito.

Reinventar

Eu vejo que estou recomeçando ou procurando motivos para isso. Vou aproveitar a nova idade para me reencontrar, não ser tão tolo naquele processo sentimental que chamamos de amor. Teve a turbulência de uma traição, a falta de carinho, o aproveitamento da fraqueza e a exploração da amizade, como se fosse uma forma de castigo por um passado totalmente errado. Tudo isso ocasionou a fritura do meu cérebro, o aumento de uma doença e uma ferida enorme no peito cuja cicatrização não ocorre. Sofri com tamanha dor cada segundo que eu via o relógio consumir. Passei um tempo sem contato, tentando o esquecimento a todo custo. Falhei. Por um deslize do meu coração, voltei a conversar contigo. Você veio com palavras frágeis, dizendo que sofria saudades, que gostaria de uma reaproximação. O idiota do outro lado, no caso, eu, aceitou. E, novamente, sentiu os calcanhares se quebrarem. Tentei ser próximo, mas o sentimento me machucava. Depois de uns meses, com as chagas ainda escorrendo, eis que u...