A melancolia absorve essa cerne que necessita de descanso. Os olhos fundos desejam raiva, mas é de amor que o corpo se nutre. De tanto querer, te perdi em definitivo, sem razões explícitas. Minha imaginação permite as interpretações. E tenho a certeza: fim.
Ontem percebi que é necessário um pouco de humor para o enfrentar das mazelas. Mesmo com a conclusão, deixo a tristeza inundar graças aos versos que analiso como se fossem para mim, daquela banda que você também curtia. "Nessa cidade tem uma rua que eu não ouso mais passar". Nem preciso falar qual. "Nessa cidade tem uma rosa, de pálida agonia a me esperar". Se espera, tomara que alcance. "Nessa cidade tem uma casa, que eu não posso mais entrar". Nem nunca entrei. "Nessa cidade tem outra casa, cheia de flores pra você". Apesar de, na verdade, tratar de morte, eu penso em outra coisa. "Eu não vou mais estar do teu lado. Mesmo assim, sempre vou te amar". Talvez, a única certeza que permeia meus poros. "E essas coisas do teu namorado, em silêncio eu vou falar. É uma necessidade". Por isso continuo a triturar as angustias em algum espaço, já que agora muitos sabem. Não vou mais esconder. "E não vem dizer que é errado, você sabe o que aconteceu". Pelo menos você sabe, pois eu continuo apenas a mentalizar, criando aquela aflição que nunca desejaria. Sim, estou sendo Franco. "Boa parte de mim vai embora, a sua parte hoje sou eu". Nem preciso explicitar.