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Como não amar essa mulher?

Como não amar essa mulher? Ela canta e encanta o meu ouvido. Recita as melhores poesias, desliza seus dedos pelo meu peito e me faz sentir vivo. Fico feliz ao vê-la aqui, deitada ao meu lado, respirando calmamente um sono de paz. Eu sei de côr todas as suas pintinhas do rosto, sei o jeito exato que gosta de posicionar o travesseiro e sei quantas colheres de açúcar ela gosta em seu café.

Ela me faz querer dominar o mundo somente para presenteá-la com Paris, Egito, Japão e Noruega. Ela me faz tão bem, me torna mais humano, me encanta até os dissabores. Ela sabe o jeito exato do encaixe, sabe o fraco que sou, me tornando forte quando necessário. Sabe quando estou triste com os olhos vendados. Sabe fazer o melhor fruto-do-mar de Atlantis. Sabe o que me faz bem quando mal estou.

A gente se conhece pela transpiração. Alcança o clímax antes mesmo do toque. Ela entende o que eu quero somente pelo retorcer dos lábios. Acaricia meu ouvido como ninguém. Percorre meu corpo como uma deusa. Sabe do meu gosto antes mesmo de dizer. Ela me aprova como ninguém.

Como não amar essa mulher? Sua pele macia descansando em meu corpo, seu olhar repousando o meu encanto, a sua voz massageando o meu gosto e seus dedos decorando os meus lábios.


Quero sempre, até o último suspiro de arrepio.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.