Pular para o conteúdo principal

Inexplicável

Existem coisas que não são explicáveis e, mesmo assim, são aplicáveis. A dicotomia do inexplicável pode ser relativa, mas a obtenção da solução é loucamente procurada. Alguns não dormem, outros levam a situação com tamanho desapego que a interferência não causa sequer cócegas. De toda a maneira, os mistérios da carne podem ser belamente consumados quando aquele sentimento forte é a verdade. Eis a tal resposta, mesmo que efêmera em determinadas circunstâncias. O que vale, portanto, é o aproveitamento do momento, enquanto dure, perdure, perfure, ature e dilui.


Incrível como certos não evaporam. E deve ser isso que chamam amor.


Qual é mesma aquela frase do Wilde? Aquela citada no início de um clipe do Smashing Pumpkins? "O mistério do amor é maior que o mistério da morte"? Cabe aqui, contudo, outra do autor: "viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe". Quando a gente se encaixa nesse gênero, surge aquilo que denominam tristeza. Ou não? Não sei.


A gente vai, admirando covardes, perdendo ligações, não dizendo sentimentos e perdendo argumentos. A gente vai, com vontade de chamar e não chamando, esperando iniciativas e não agindo, aguardando sinais e ignorando outros. E a gente vai, com dias e adeus.




Postagens mais visitadas deste blog

Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.