Sei lá. Bateu uma saudade. Ao mesmo tempo, aqueles pensamentos de que poderia ter sido diferente. De repente, minha atitude menos afoita, menos virginiana, mais reticente. Confesso e admito: os erros, que eu acreditava acertos, foram manifestações hiperbólicas de algo sobrevivido, mas que não deviam ter sido aplicadas. Nem contigo. Nem com ninguém. De toda a forma, ficou aqui, ardido, algo que eu poderia ter dito, contudo, repito, não me permito. Apenas digo: bateu uma saudade. Não daquilo, nem disto. Uma saudade do que foi vivido.
Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.