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Os tempos atuais nos deixam desesperados. Somos capazes de sacrificar as horas por momentos completamente desnecessários. Estamos fadados a um consumismo hiperbólico de futilidades que nos preenche com falsas alegrias. Batalhamos em trabalhos que acreditamos ser corretos, mas que se disfarçam em alegorias gratuitas de motivos para pagarmos as contas no final do mês. E, no fim, descobrimos que o final do mês é como o final do mundo.
Sobretudo para essa alcunha que foi designada como Geração Y. Por que ela se perdeu no discurso e hoje se alimenta de rivotril, fluoxetina e ritalina? A tecnocracia, a burocracia e a busca desenfreada pelo melhor, quiçá, sejam as respostas.
O fato é que a ansiedade e a depressão são amigas inseparáveis nessa mistura desenfreada que engrossa a sobrevivência. No entanto, sempre é preciso provar. Provar que somos o melhor filho, o melhor estudante, o melhor desenhista, o melhor namorado, o melhor marido, o melhor músico, o melhor sexo. Enfim, uma cansativa e desnecessária busca que se perde, pois há falta de concentração, falta de interpretação, falta de referências, falta de qualidade, falta de leitura, falta de boas músicas, falta de vontade e, acima de tudo, o exagero em reclames. Todos amam reclamar, mas não mostram nem demonstram atitudes para reverter.
Porém, ainda existem pessoas que ressaltam clareza de raciocínio e, sobretudo, que farejam e seguem a vida como deve ser. Vários arquétipos poderiam ser citados, mas a desenvoltura e perspicácia simples de José “Pepe” Mujica, um senhor de 79 anos, é de uma valia incrivelmente bela. Cito a idade do personagem somente para relembrar que o tempo é amigo da salvação, mas de acordo com a ideologia desenhada. Afinal, cada qual tem a ideologia que merece.
“Nós queremos achar um outro caminho. Se você quer mudar, não pode seguir fazendo a mesma coisa, tem que buscar outra maneira. Eu não sei porque o mundo não vê o que está acontecendo, parece que colocamos uma venda sobre os olhos”. É isso.
lsh - 26 de novembro de 2015.

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 
O barulho, o som, o tudo. As vozes, a esquizofrenia. Quem aguentaria? É preciso jogo, é necessário o respirar. Chega a ser jocoso, parece lacrimoso. O volume, os gritos, a conversa. O cansaço no mormaço. O não relaxar do momento. Os nervos, a fúria, o ventre. O vento que não entra E o apuro do socorro. A bagunça e a falta de concentração. A raiva que aparece. O berro que permanece. Aqui, mudo, em silêncio. Como haveria de ser. Mas não é. lsH
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.