Ela não estava perdida na vida, apesar de acreditar que sim. Sua entranha, recém violentada, ardia de saudade de um passado romântico. Enquanto voltava para casa, com gosto de abacaxi na boca, pensava na cidadezinha em que morava antes de se aventurar pelas ruas úmidas da metrópole. A cena mentalmente visualizada era a de um pé de ameixinha, a qual ficava trepada durante 30 minutos diários, se lambuzando com as frutas frescas e abençoadas pela chuva constante. O doce sabor da adolescência.
Ao chegar em seu apartamento, foi até a cozinha procurar por algo que tirasse aquele azedume de sua língua. Optou pelo conhaque, mesmo com o apetitoso bolo de chocolate que estava deliciosamente provocante sob a mesa de quatro lugares e tampo de granito falso. Calmamente, bocejou um pouco de álcool, como se fosse um antisséptico bucal. Caminhou até a janela e ficou observando os viciados em crack, alucinados, afoitos e sedentos por mais uma pedrinha para jogar amarelinha-viajante. Tomou um gole caprichado e cuspiu, acertando a cabeça de um dos zumbis que estava na calçada. Rapidamente se escondeu para que ninguém visse a sua travessura. Sentiu uma pontada entre as pernas e levantou a saia para verificar. Estava toda assada. A pele havia sido maltratada. Os grandes lábios pareciam a Angelina Jolie.
Olhou a lua, amarela como um queijo fresquinho. Sentiu cheiro de buceta em seus dedos. Para ela, um odor familiar que era sinônimo de dinheiro. A ardência que a fez remeter saudades foi causada por um pastor evangélico, avantajado como uma Coca-Cola de 2,5 litros. Ao menos pagou com bonificação.
Sua primeira vez, aos 13, no meio do mato, entre uma pequena cachoeira e um estábulo, foi com Roberto, um menino de 16 anos e pau de jumento. Ao ver pela primeira vez um caralho, não tinha ideia do tamanho normal de um. Ao percebê-lo excitado, teve uma única certeza: essa coisa não vai entrar em mim. Mas Roberto, que já era experiente com cabras, realizou um trabalho repleto de delicadeza. No entanto, socou bem no fundinho, o que causou nela uma dor de três dias, fazendo-a a perceber que de fato possuía uma bexiga, a qual agradeceu por não ter estourado.
Quando ela saia com o pastor, era sempre essa saudade que sentia: do pinto do Roberto. Então, ela encheu mais um copo de conhaque, entortou num só gole, pegou um caderninho e começou a escreveu um poema, cujo título recebeu uma frase clichê: a primeira vez a gente nunca esquece.
Ao chegar em seu apartamento, foi até a cozinha procurar por algo que tirasse aquele azedume de sua língua. Optou pelo conhaque, mesmo com o apetitoso bolo de chocolate que estava deliciosamente provocante sob a mesa de quatro lugares e tampo de granito falso. Calmamente, bocejou um pouco de álcool, como se fosse um antisséptico bucal. Caminhou até a janela e ficou observando os viciados em crack, alucinados, afoitos e sedentos por mais uma pedrinha para jogar amarelinha-viajante. Tomou um gole caprichado e cuspiu, acertando a cabeça de um dos zumbis que estava na calçada. Rapidamente se escondeu para que ninguém visse a sua travessura. Sentiu uma pontada entre as pernas e levantou a saia para verificar. Estava toda assada. A pele havia sido maltratada. Os grandes lábios pareciam a Angelina Jolie.
Olhou a lua, amarela como um queijo fresquinho. Sentiu cheiro de buceta em seus dedos. Para ela, um odor familiar que era sinônimo de dinheiro. A ardência que a fez remeter saudades foi causada por um pastor evangélico, avantajado como uma Coca-Cola de 2,5 litros. Ao menos pagou com bonificação.
Sua primeira vez, aos 13, no meio do mato, entre uma pequena cachoeira e um estábulo, foi com Roberto, um menino de 16 anos e pau de jumento. Ao ver pela primeira vez um caralho, não tinha ideia do tamanho normal de um. Ao percebê-lo excitado, teve uma única certeza: essa coisa não vai entrar em mim. Mas Roberto, que já era experiente com cabras, realizou um trabalho repleto de delicadeza. No entanto, socou bem no fundinho, o que causou nela uma dor de três dias, fazendo-a a perceber que de fato possuía uma bexiga, a qual agradeceu por não ter estourado.
Quando ela saia com o pastor, era sempre essa saudade que sentia: do pinto do Roberto. Então, ela encheu mais um copo de conhaque, entortou num só gole, pegou um caderninho e começou a escreveu um poema, cujo título recebeu uma frase clichê: a primeira vez a gente nunca esquece.