Despedida. Nunca é fácil. Fica um caroço desgraçado na garganta e umas coisas líquidas nos olhos. Não sei qual o momento mais difícil, o último abraço ou o carro partindo. Sei lá. Já foram tantas que deveria estar acostumado. Mas nunca estamos. Algumas são deveras horríveis, sobretudo àquelas quando alguém sai magoado, quando a despedida fica perdida, não finalizada como deveria. Se é que deveria. Essa foi uma. Em outras ocasiões, o tchau é feliz, mesmo que triste, algo bipolar. Porém, saber que a pessoa está buscando a sua lenda pessoal, o viver constante e tocando o foda-se da segurança, é muito lindo acompanhar, torcer e comemorar: vai lá guria, alguém está fazendo algo, pelo menos. E esse alguém é você!
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).