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Existem coisas que não são explicáveis e, mesmo assim, são aplicáveis. A dicotomia do inexplicável pode ser relativa, mas a obtenção da solução é loucamente procurada. Alguns não dormem, outros levam a situação com tamanho desapego que a interferência não causa sequer cócegas. De toda a maneira, os mistérios da carne podem ser belamente consumados quando aquele sentimento forte é a verdade. Eis a tal resposta, mesmo que efêmera em determinadas circunstâncias. O que vale, portanto, é o aproveitamento do momento, enquanto dure, perdure, perfure, ature e dilui.

Incrível como certos não evaporam. E deve ser isso que chamam amor.

Qual é mesma aquela frase do Wilde? Aquela citada no início de um clipe do Smashing Pumpkins? "O mistério do amor é maior que o mistério da morte"? Cabe aqui, contudo, outra do autor: "viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe". Quando a gente se encaixa nesse gênero, surge aquilo que denominam tristeza. Ou não? Não sei.
A gente vai, admirando covardes, perdendo ligações, não dizendo sentimentos e perdendo argumentos. A gente vai, com vontade de chamar e não chamando, esperando iniciativas e não agindo, aguardando sinais e ignorando outros. E a gente vai, com dias e adeus.

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Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.