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Inferno Astral

 Vou bailando torto

Pelo corpo
Que me aguenta.
Vou cantando morto
Pela boca
Que me arrebenta.
Vou chorando louco
Pelo olho
Que me afugenta.
Vou catando oco
Pelo coração
Que me ensanguenta.
Vou fingindo bobo
Pelo sentimento
Que me sustenta.
Vou sofrendo doido
Pela cabeça
Que me desorienta.
lsh
20 de agosto, 2019.

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Fim

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Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.
um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).