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Amor Voraz


Ok. Este poema foi escrito em uma época bem difícil. É dedicado à Larissa. Depois de um tempo, eu musiquei esses versos. Não posso dizer que ficou uma maravilha, pois os meus dotes como músico são pífios. De qualquer forma, é uma canção que eu gosto de cantar. A "dona" do poema ainda não o ouviu musicado. Um dia, quando eu tiver coragem, eu cantarei. É isso. Segue abaixo o texto, chamado Amor Voraz.


Histórias dilaceradas antes de acordar

Contadas pela boca de lábios rachados

Pelo calor intenso de outros lábios que desesperados

Procuravam amar.


Na testa rabiscada

O croqui quase completo

De um ato assim

Acontecido calmamente.


Sem intenção

Nem comparação.


Como qualquer traição

Que acontecida se faz

Triste, feliz e ambígua

Na forma de amor voraz.

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Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
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