Pular para o conteúdo principal

Amor Voraz


Ok. Este poema foi escrito em uma época bem difícil. É dedicado à Larissa. Depois de um tempo, eu musiquei esses versos. Não posso dizer que ficou uma maravilha, pois os meus dotes como músico são pífios. De qualquer forma, é uma canção que eu gosto de cantar. A "dona" do poema ainda não o ouviu musicado. Um dia, quando eu tiver coragem, eu cantarei. É isso. Segue abaixo o texto, chamado Amor Voraz.


Histórias dilaceradas antes de acordar

Contadas pela boca de lábios rachados

Pelo calor intenso de outros lábios que desesperados

Procuravam amar.


Na testa rabiscada

O croqui quase completo

De um ato assim

Acontecido calmamente.


Sem intenção

Nem comparação.


Como qualquer traição

Que acontecida se faz

Triste, feliz e ambígua

Na forma de amor voraz.

Postagens mais visitadas deste blog

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.