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Divagações escolares - Parte I


Que futuro é esse? Ainda ninguém alcança com as mãos, mas observam com os olhos e saboreiam com a língua. O finito é percebido, sobretudo, em dias de estiagem. Campanhas sempre alertam, mas a conscientização é rarefeita. Então fica a pergunta: estamos preparados para o pior?

O Brasil está em uma situação favorável quando se fala sobre o assunto. Nem é preciso salientar qual é o bem natural tratado. Não há entrelinhas. Está explícito. Enquanto isso, torneiras ficam abertas na escovação dos dentes, mangueiras sangram em desperdício nas calçadas, carros ganham desnecessárias lavagens de aparência e os colonos sofrem com a escassez. Se bem que as chuvas da última semana contribuíram um pouco na melhora da situação. As vacas e os pastos, ao menos, agradecem.

Engraçado também foi a inversão. O extremo da região sul tupiniquim há tempos não vivia uma seca tão cavalar. E o nordeste não via a hora da água parar de desabar. Mas agora os sertanejos rezam ao padrinho Cícero. O verde apareceu, as plantações estão vingando e os reservatórios se encontram quase derramando. A situação até será usada em alguma campanha política, como se fosse um alguém de cinco números que precisarão ser decorados ou estampados em uma camiseta que provocou a mudança climática. Praticamente um milagre da (re)produção.

Muito se fala sobre as transformações do tempo. Porém, pouco se sabe a respeito do futuro que realmente os seres vivos vão encontrar. A natureza está mostrando, em doses homeopáticas (ou seriam exageradas?), algumas pistas. Os estudiosos também. Resta saber se isto será motivo para uma guerra ou é apenas uma previsão do fim de uma era. Afinal, com tantos milhões de anos, a Terra já presenciou inúmeras mudanças climáticas. Sobreviveu a todas, contudo, com alarmantes modificações. Os dinossauros não conseguiram, por mais que eles se encontrassem em uma diferente situação. E bicho homem, prosseguirá?

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Dois

Do dicionário informal, a palavra "frustante" significa enganar a expectativa, ou seja, uma decepção. Apesar de ter sido uma delícia, no final, você resumiu com o adjetivo o ato. Também fiquei frustado. Mas de uma maneira diferente que a sua.  Como eu queria te satisfazer, não sentir o incômodo que me provocar reação perceptíveis que te deixam como uma lente sem foco, perdido à procura de uma imagem bela. O que eu posso dizer? Perdão. Continuarei conforme a vara for cutucando, até chegar a um acordo. Se você estará até lá comigo, isso não sei dizer. Acendi um cigarro para refletir a respeito, na sacada, admirando a chuva que caia. Pensei seriamente em dar um basta, cada qual cavalgando por estradas diferentes. Será que vale a pena? Sinto a presença do amor. Espero que eu não esteja errado quanto a isso, mesmo com os vários sinais que outrora você imprimiu. Enfim, vamos tentando ser dois. 

Férias

Finalmente curtindo as merecidas férias. O período de descanso é necessário. Aos poucos, estravasso o cheio a fim de alcançar o vazio. E assim vou enchendo novamente os novos cheiros, os novos sentimentos, as novas experiências e as novas mudanças. Tudo acompanhado ao som das ondas do mar, do oceano que banha as costas da Ilha do Mel. É incrível como este lugar me traz vigor, me renova. Por mais que sejam poucos dias, o proveito recicla a vontade de batalhar por mais um ano em um lugar que ainda não me encontro, não me solto, não exploro. Agora é sentar e relaxar o gozo de outras estações, ainda indefinidas nos planos e projetos que ainda não esbocei. Enquanto isso vou aproveitando as músicas que vão fazendo o meu verão. A nova bolacinha do Max de Castro não decepciona. Nem a coletânea do Blur. Mas o som da estação que vigora mesmo é o primeiro CD da Lauryn Hill. Uma delícia. E eu que achei que ia ouvir muito Jack Johnson. Que engano exacerbado. Ainda bem que errei.
É preciso manter os dois olhos atentos, como se estivessem sedentos por sangue, por amor, pela conquista de um novo terreno, mesmo que seja árido, úmido ou magnífico. É necessário duvidar do que o mentor em sala de aula projeta, arquiteta e repassa, como se aquilo não fosse a verdade absoluta, pois existem outras maneiras de se obter as mesmas informações do que entre as quatro paredes. É mandamento, sobretudo, amar tudo o que você entende como essencial para viver e desregar o abismo incrédulo dos preconceitos, independente se você nasceu, se criou e permaneceu em solos repletos da hipérbole do tradicional, do convencional, do puritano e conservador. Mas, é fundamental interpretar.