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Voe

Voa criança sem asas de anjo. Encontre no céu as respostas sem nexo. Procure os pássaros que você não conseguiu pegar. Veja de cima a situação causada. Observe os pobres que por aqui agora rezam. Lágrimas continuam nascendo e morrendo dia-a-dia. A movimentação segue pelos olhos de vidros que ainda registram o ocorrido, as grades, o apartamento, os advogados e os possíveis envolvidos. Veja como isso se tornou uma saga. Talvez você não entenda o sentido da palavra, mas deixe-se invadir pelo universo. Ninguém vai tirar o seu mundo. Não agora. Dê um "olá" ao colorido de borracha perdido no ar. Um mar neutro de sinceros sonhos. Alguns perdidos no azul também querem. O clima continua explodindo em terremotos chineses, em terrenos orientais. A mãe Dináh, uma pena, não nos avisou antes. Então sorria criança, quem sabe as asas de anjo cresçam em suas costas. Voe para nunca mais voltar.

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Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.
Rodopie linda com o seu vestido febril. Deixe as flores atingirem o seu rosto. Dancemos ao som de City Pavement. Fotografemos as faces em frias manhãs. Deitemos de novo em um ninho de edredon. Deslize devagar pelo meu pulso acelerado. Respire meu ar. Um café da manhã em Vênus, acordando em Elizabethtown, como se fosse uma lenda. Ao lado do universo, ninguém tira as nossas chances. Temos sempre mais um habana blues, um tango, uma dança suja. Uma nova canção desesperada para apreciarmos. Um eterno registrado. Cada qual. Cada em si. Em mi maior.