Pular para o conteúdo principal

estrangeiros

É um bem que faz, mesmo sem saber. Basta um olhar para concretizar, um piscar para entender. Ainda bem que do encontro se fez a alegria. Tantos deletérios por aqui já passaram, alguns arrancaram o que eu tinha de melhor. Mas eis que surgiu um passado para lembrar. Do lembrar causou um sorrir que se abriu contente em mistério. Os ácaros insistem em amaldiçoar, nada sabem do gostar, por isso brigam entre papéis de uma época esquartejada. Não levamos em consideração a poeira, melhor o que está abaixo dela.
Passe novamente na distração, tropeçando em um sentimento que proporciona o cair. Não precisa esconder, as provas já foram apresentadas, por mais herméticas que fossem, compreensão é uma qualidade. É assim que se faz o bem.
Às vezes o respirar é tão complicado. Não o respirar simples da ação, mas o causar de uma interrupção, como se fosse um soco no pulmão, uma falta de extravassar. Eu sei que foi de fobia que o caso agora surgiu, portanto agradeço aos tristes pela razão. Se for para sentir, que seja sincero. A falsidade é adjetivo de outra oportunidade. Ela já esteve aqui, agora retorce em necrofilia. Por vezes lembra coprologia.
Contudo, mudemos as chagas de lado, abertas em outros estágios deixemos. Basta um olhar para concretizar, um piscar para entender. Do clandestino surgiu um silêncio, do passante gringo de torto andar veio o cantar. Agora somos estrangeiros do sentir, conselheiros do abstrato, praticantes da hidrostática do observar, esperando o momento da flébil, de vez, desabrochar. E já sabemos que futuras atitudes iguais serão de clones, do copiar, da falta de procurar, da referência do abismo, da idiotice da preguiça e do farsesco-personal.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.