Pular para o conteúdo principal

Hit do Câncer

Breu no infinito solitário
Com pequenos pontos mais escuros
Que são cânceres devorando a ilusão metafísica.
Os olhos agora se fecham
E o corpo encontra a paz que alguns conhecem,
Os vivos, no entanto, continuam a imaginar.
Uma manhã de verão derretendo o tempo acelerado
Enquanto a caixa desce e a terra cobre o fim.
Lágrimas bebidas com vozes que procuram acalmar os mais exaltados.
Sento no vazio e abraço o nada, achando que se trata de consolo.
Mas não é.
É apenas aquele mesmo sentimento.
Revisitado.
Ampliado.
E regravado.

Postagens mais visitadas deste blog

Acertos maus

Contato ausente Em pele quente Que arde dor De passado beijo Desfeito antes Recriado oposto Delicado gosto. Mentira exposta Na boca torta De beleza oca E fala morta Que acabou O amor incerto De brigas boas, Acertos maus, Vontades outras, Saudades poucas. Ainda há bem Outrora ruim Um desejo em mim De tragar o fim Engolindo gim.
Para o amor, o bastar O exagero, o gostar A carícia, o acordar O café, o sorrir A voz, sussurrar O beijo, o selo O abraço, o continuar lsH
Patti Smith me dá razão nesta madrugada. Tentei ser, pelo menos, amigável, mas confesso que fui um pouco falso, torcendo para que não aconteça o que você tanto quer. Acendi meu cigarro e fiquei pensando: para que ser assim? Vou ganhar alguma coisa? Não. De maneira alguma. Talvez eu esteja cansado de ser o bom das histórias. Um grande amigo meu, certa vez, me disse: Léo, o problema é que você é muito bonzinho. Não é exatamente isso que as pessoas as quais nos apaixonamos querem? No meu caso, parece que não.  Por isso que agora a Patti me dá razão, principalmente por causa dos versos: "i was thinking about what a friend had said, i was hoping it was a lie". Sim, eu me sinto culpado de ser o bom da história. Se isso acontece, se de fato sou assim, por que sou chutado? Pois é... Think about.