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Um exercício de paciência consigo mesmo através dessas horas bastardas que repulsam em glórias conquistadas. O lacrimejar evaporou e dispensou inúmeros deletérios. O som invade uma felicidade estranha até então não sentida, como se fosse uma preguiça jogada em uma rede praiana, com aquela brisa leve acariciando a pele. O sorriso surge fácil, delicadamente doce pelos lábios molhados por suco e vodca.
A criatura ao lado abre os olhos calmamente, depois de ter o sono velado durante horas. Pergunta se dormiu muito, o outro responde que foi um sono suficiente. Abraço repartido causa o presente momento, um primeiro depois de segundos, minutos e horas. O calor se torna êxtase, que esquenta a cintura, libera as pregas e atrita os sexos.
O exercício de paciência valeu a pena.

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um gole de derrota nesse asco. um casco entre as unhas, colabora. o copo quebrado acumula pó e o nó na garganta é charme. a calma quer explodir em caos para um fundo em furo se enfurecer na poética dissonante de um crescente anoitecer. mencionado antes, agora exposto "o mundo está duas doses abaixo" por mais que às vezes, acima, recria o oposto da colocação. então, não tenha medo hora ou cedo o coração padece e merece um aproveitar que tenha como fim o sorrir. (mas não acontece).

Fim

  É tanto vazio nesse espaço cheio É tanto desamor nesse amor É tanta sofrência nessa alegria É tanta felicidade nessa tristeza É tanto amigo nessa solidão É tanta falsidade nessa realidade É tanta falta nessa plenitude É tanto concreto nesse verde É tanta abstinência nessa bebida É tanto início nesse fim.

Oportuno

Os dias frenéticos me interropem os prazeres. Os pequenos detalhes seguem despercebidos, Nem a velha canção funciona e não emociona. As horas estão lotadas neste pensamento aflito. Eu procuro um grito, mas o perco no vácuo. Faço do coração apenas um pulso de sangue E não vejo que de fato ele quer uma percepção. Eu passo um risco no instante que quero. Preciso de calma mesmo querendo o agito. Fico aos nervos quando necessito de paz. Recorro à memória e me sinto traindo. Nos segundos falecidos eu vejo a derrota E amplio com dicotomia, pois não é a verdade. Trato o acaso como um passado empoeirado E reflito neste pouco que nada está atrasado. Tudo se trata de período contido Que poderá ser resgatado em um dia oportuno.